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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Dica do Blogueiro.


Bagdá: treze séculos de esplendor e destruição.
Obra traz à vida o passado vibrante da cidade que foi um dia a capital do mundo.

Chega às livrarias em outubro o livro “Bagdá - Cidade da Paz, Cidade de Sangue”, de Justin Marozzi, considerado um dos expoentes mais brilhantes da nova geração de historiadores dedicados à literatura de viagem.
Na obra, lançada no Brasil pela Editora Manole, a capital do Iraque é retratada desde a fundação até os dias de hoje, sob um olhar diferente.

Ao longo de treze séculos, Bagdá desfrutou de exuberância tanto econômica como cultural, ocupando a vanguarda da produção artística e intelectual e movimentando uma economia que alimentava a inveja de diversas nações. Foi em Bagdá, no tempo dos califas, que surgiram As mil e uma noites.

Ainda assim, Bagdá enfrentou grandes desafios, foi assolada por epidemias, fome, enchentes e inúmeros invasores estrangeiros que trouxeram consigo mortes e derramamentos de sangue cruéis.
Pela maior parte de sua existência Bagdá – a "Cidade da Paz", como é chamada desde sua fundação – tem sido um dos lugares mais violentos do mundo.

Os soldados norte-americanos, ao entrarem lá em 2003, tornaram-se os mais novos personagens de uma história turbulenta que remonta a 762 d.C., ano em que foram assentados os primeiros tijolos da capital imperial encomendada pelo califa Mansur.
Por quinhentos anos, Bagdá foi a sede do Império Abássida, uma maravilha de palácios resplandecentes, mesquitas magníficas, universidades islâmicas e mercados vibrantes banhados pelo rio Tigre. Esta foi a cidade do matemático Al Khwarizmi, inventor da álgebra; de Harun Al Rashid, o califa imortalizado em vários contos de As mil e uma noites; do grande poeta Abu Nuwas, cujos versos provocativos escandalizavam a sociedade, bem como de inúmeros astrônomos, médicos, músicos e exploradores pioneiros. Foi também um próspero entreposto comercial que atraía mercadores da Ásia Central e do Atlântico, motor de uma economia de causar inveja tanto ao Ocidente como ao Oriente.
Bagdá também tem sido uma cidade de terríveis privações. Ela foi seguidamente assolada por epidemias, fomes e enchentes, pelo temor de invasões estrangeiras, de ocupações militares e pelo jugo brutal de homens fortes, de califas voluntariosos a Saddam Hussein.

Portanto, esta é também a história daqueles que governaram Bagdá, e daqueles que a conquistaram: sultões otomanos, xás persas; entre ele, Hulagu, descendente de Genghis Khan e de Tamerlão, que, em 1400, ordenou que fossem construídas 120 torres com as 90 mil cabeças decepadas de seus inimigos. Da mesma maneira, este livro conta as histórias envolventes de homens e mulheres comuns, de escravos a soldados, que viveram, sofreram e morreram nesta cidade tumultuada.
Sobre o autor
Justin Marozzi é membro do conselho da Real Sociedade Geográfica e membro e pesquisador sênior em jornalismo e história da Universidade de Buckingham. Marozzi trabalhou para o jornal Financial Times e para a revista The Economist como correspondente internacional, tendo passado boa parte da última década n Iraque, com longas temporadas no Afeganistão, em Darfur, na Líbia e na Somália. Entre seus livros, estão South from Barbary: Along the Slave Routes of the Libyan Sahara, Tamerlane: Sword of Islam, apontado pelo Sunday Telegraph como livro do ano em 2004, e The Man Who Invented History: Travels with Herodotus.

Marcelo Ferla

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