Gótico, em primeiro lugar, significa: relativo aos godos, uma confederação de
tribos germânicas que invadiu o império romano durante o séc. III d.C. e foram
os primeiros povos germânicos a se converterem ao cristianismo. A primeira
distorção do adjetivo, data da renascença. Os italianos achavam que a arte
clássica, que admiravam e procuravam reviver, fora corrompida na idade média
pelos cristãos. Assim sendo, fizeram dos godos seu Bode-expiatório e taxaram
pejorativamente toda arte medieval (cristã) de gótica, ampliando assim o
sentido da palavra.
Durante os séculos em que foi moderna, a arte gótica era conhecida sob o nome
de "opus francigenarum", o que significa "obra francesa" e
indica bem a sua principal origem.
Entretanto nos séculos XV e XVI com a
Renascença e o entusiasmo pela antiguidade clássica, passou-se a considerar a
Idade Média como uma época bárbara e obscura. Como os godos eram os bárbaros
mais conhecidos, o estilo passou a se chamar gótico, ou seja, bárbaro por excelência, alcançando um
sentido pejorativo e de profundo desprezo.
A arte gótica era muito conhecida pela arquitetura arrojada, o que permitia aos
seus construtores erigirem castelos e fortalezas mais fortes e resistentes de
que os de outras civilizações da época. Estes castelos, mansões e fortificações
eram palco de histórias e lendas, muitas ligadas ao místico e sobrenatural. Ao
final do séc. XVIII, eles foram visitados por uma nova estirpe de habitantes.
Eram poetas, escritores, ocultistas e sonhadores.
Nas
sombras eles produziam obras imortais como Frankenstein, O Corvo, As Flores do
Mal, Drácula e outras.
Os góticos tem a mania de achar na literatura uma explicação dos seus profundos
sentimentos... (muitas vezes considerados estranhos).
A
subcultura gótica (chamada de Dark no início dos anos oitenta apenas no Brasil)
é uma cultura que teve início no Reino Unido durante o final da década de 1970
e início da década de 1980, derivado também do gênero pós-punk. A subcultura
gótica abrange um estilo de vida, estando ela associada diretamente a musica
Darkwave/Gothic Rock, Pós Punk, Ethereal Wave, a estética (visual, moda e
vestuário) com maquiagem e penteados alternativos (cabelos desfiados,
desarrumados e desgrenhados) e certa bagagem filosófica e literária.
A
música se volta para temas que glamorizam a decadência, o niilismo, o hedonismo
e o lado sombrio. A estética sombria se traduz na combinação de vestuário,
desde death rock, punk, renascentista e moda vitoriana, essencialmente baseados
no Preto, em algumas vezes com adições lilás, roxo, carmesim.
Neste
caso, o termo "Gothic" é aplicado como sinônimo de obscuro ou
medieval. No Brasil, o Romantismo iniciou-se "oficialmente" em 1836,
com a obra de Gonçalves de Magalhães, Suspiros poéticos e saudades.
Dentre
as três gerações românticas brasileiras, o Ultra-romantismo é que tem maior
expressividade na Cultura Gótica. Influenciado diretamente pela Gothic Novel, o
ultra-romantismo teve como principais características a evasão, tédio,
morbidez, subjetivismo, saudosismo, predileção pelo noturno e a forma e
composição livre dos versos.
O
escritor paulista Álvares de Azevedo, ávido leitor de Byron, surgiu como poeta
e contista no ano de 1848 e é considerado um dos maiores autores
ultra-românticos do país. Além dele, outros nomes como Casimiro de Abreu,
Bernardo Guimarães, Junqueira Freire, entre outros, destacam-se como grandes
expoentes do ultra-romantismo, que também ficou conhecido como
mal-do-século.
Autores
como Ann Radcliffe, Allan Poe, Lord Byron, Lovecraft, Baudelaire e
Álvares de Azevedo são amplamente consumidos entre os apreciadores da Cultura
Gótica. Assim, mesmo havendo um conceito de que, geralmente, a Literatura
Gótica é baseada na prosa, enquanto o ultra-romantismo está fundamentado na
poesia, a cultura Gótica é suficientemente ampla para abrigar ambos estilos de
composição, e ainda absorver outros gêneros que possam refletir sua alma e
personalidade.
AGORA CONFIRAM AS GÓTICAS MAIS QUENTES
DO PEDAÇO
Regina Castro
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