O bom e velho fim de tarde com os amigos, jogando conversa fora, comendo uns bons e bem feitos petiscos acompanhados de um refri, cerveja ou chopp (estes dois últimos sempre moderadamente e com responsabilidade) agora está querendo, por alguns, ser intitulado como "Drunch", palavra que dizem ser originária da fusão das palavras dinner (jantar) e lunch (almoço). Pouco importa.
O que importa é o seguinte. Esta conversinha burquesa de colocar nomes estapafúrdios em um momento sublime do dia, em que amigos se encontram para falar de mulheres, homens, futebol, novelas, modas, música, política, fofocar ou até mesmo trabalho, por que não, é algo de uma dependência de importação de nomes insuportável.
Este momento, mesmo que não tenha sido criado ou nomeado e, posteriormente, chamado através de uma palavra da língua pátria, é executado com perfeição somente aqui, no nosso país, o país dos boêmios e malandros de verdade e de belos e excelentes intelectuais que apreciam a atividade como forma de relaxamento.
Todos aí de cima, eles ou elas, brasileiros, sem dúvida alguma, são os que com mais perfeição comemoram e executam esta atividade, independentemente do nome que se dá a ela ou que esta possuir.
Portanto, não importa o nome que se dê, mas a companhia, a boa bebida e, principalmente, a boa conversa. O resto? Frescura.
Marcelo Ferla
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