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segunda-feira, 24 de maio de 2010

A planta não tem nada haver com isso.opi

13.4.10























A planta não tem nada haver com isso.

A soltura do ex-governador José Roberto Arruda ocorrida ontem nos remete ao pensamento de que a esperança que circulava este caso de que os políticos que cometem delitos visíveis a sociedade brasileira e que deveriam ser punidos de forma exemplar não irá ocorrer agora, nem tão cedo. Mais do que isso. 

Em decisão por maioria de votos do STJ, oito votos a cinco, esta casa evidentemente através de uma decisão política, fundada em possibilidade legítima e legal de soltura do acusado, isentou o ex-governador do Distrito Federal das grades que ficavam diariamente a sua frente.

Tal acontecimento a meu ver é péssimo para a visão de aplicação da justiça  que ocorre no país, bem como é péssima para a imagem da instituição do STJ que tomou essa decisão, independentemente desta ter sido legal e legítima ou não, pois em direito, se há a possibilidade de se decidir pelo sim, também se tem a possibilidade de se decidir pelo não.

O efeito de tal decisão prejudica em muito a credibilidade do Poder Judiciário, uma vez que o cidadão comum, incapacitado de analisar a questão em voga de uma forma técnica, tira suas conclusões no sentido de ser esta um poder que não funciona e defende aqueles que evidentemente devem ser punidos de forma exemplar.

Como se não bastasse, em uma apelativa jogada de imagem, saiu do cárcere o acusado de crime flagrante, mais magro, com barba por fazer, numa tentativa apelativa, senão ridícula, de comover a população. 

Realmente se torna lamentável o ocorrido, na medida em que havia uma ponta de esperança no sentido de que algo, mesmo que aparentemente insignificante, diante de tantos acontecimentos absurdos no cenário político de nosso país, ocorresse em  tal cenário no que se refere à punição de políticos corruptos. Precisamos de um início para tudo que desta vez não ocorreu.

A planta a qual leva o nome que acompanha o criminoso "arruda", em nada tem haver com uma possível sorte ou efeito em afastar os maus olhados, protegendo o mesmo.

Quem o protegeu o retirando de onde deveria estar até agora para depois ser este encaminhado a prisão definitiva, após o devido processo legal, haja vista os acontecimentos inquestionáveis dos quais este fez parte, não possui valores medicinais ou funciona na medida em que um credo popular o sustenta por meio do nome de uma planta que se diz protetora e que tenha vindo a causar sobre o criminoso estes efeitos. 

Todos sabem que o caso não foi este. 

Em sendo desta forma quem perde com tudo isso é o povo,  que perde suas crenças palpáveis como a aplicação da justiça, através de um funcionamento vexatório como o ocorrido de suas mais importantes instituições jurídicas que perdem mais uma vez credibilidade perante todos.

Definitivamente, ao analisarmos a situação como um todo, onde se engajam nesta os inúmeros interessados de forma negativa no caso, aqueles que podem vir a cair junto com o ex-governador caso este venha a abrir a boca por se achar um bode expiatório que faz parte da famosa colcha de retalhos que é a política de nosso país, onde todos fazem parte de um todo, realmente nada pode acontecer sob pena de nada restar.

Portanto, a planta não teve nada haver com isso.

Marcelo Ferla.

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