Todos falam em felicidade.
Felicidade pra lá, felicidade pra cá. Fórmulas de felicidade são vendidas,
prometidas;
há manuais de autoajuda
que se tornaram mapas para encontrar um cadinho que seja dessa poção mágica.
Hoje é uma questão de
honra encontrar a felicidade, partilhá-la com os amigos. Como (quase) ninguém
sabe exatamente o que ela é, confundem-na com dinheiro, lancha e casa de praia.
Trocam-na por status.
A mídia é o exemplo típico
da felicidade estampada.
Celebridades tiram fotos
sorrindo e vendem essa ideia,
Todos querem um sorriso
global, branqueado, reluzente.
não importa se na semana
seguinte há notícia de suicídio entre elas.
Vivemos num mundo tosco
onde temos vergonha de ser o que somos e dizer onde estamos. No chão, por
exemplo.
É, às vezes no chão é um
bom lugar para se passar a chuva.
Para se aprender algo,
inclusive sobre a tal felicidade, seja lá o que ela for.
Corremos o risco de perder
a "quantidade" de amigos que "colecionamos",
esquecendo que é a
"qualidade" que importa!
A verdade é que a
felicidade tornou-se um destino turístico paradisíaco. As agências de viagem,
as etiquetas (marcas) e as casas lotéricas ficaram repletas de candidatos à
felicidade. Virou um jogo de aparências,
cirurgias plásticas e
purpurina na casca.
Como se felicidade tivesse
algo a ver com o lado de fora..Com dinheiro ou profissão. Esses são fatores
coadjuvantes.
O primordial, amigo,
é que felicidade não se
vende nem se compra. Felicidade, poucos o sabem, tá lá no fundo, bem no fundo.
É preciso paz e equilíbrio para encontrá-la. Ah... silêncio também. O resto é
cortina de fumaça.
É necessário demonstrar
que somos (não estamos) felizes.
Marcio Leite
Fall (Acréscimos)
Reflexão:
A massa mantém a marca, a
marca mantém a mídia e a mídia controla a massa. (George Orwell)
post: Marcelo Ferla
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