Hoje, no entanto, inúmeras pesquisas em andamento buscam identificar como as células-tronco, presentes no sangue do cordão umbilical, podem ser utilizadas para o tratamento de doenças, como é o caso da AIDS, enfermidade que acomete cerca de 657 mil brasileiros, segundo o Ministério da Saúde.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que células-tronco modificadas geneticamente podem atacar células infectadas pelo HIV em organismos vivos.
Para chegar a essa conclusão, os investigadores modificaram células-tronco humanas do sangue e descobriram que elas podem formar células T maduras (linfócitos) que podem atacar o HIV nos tecidos onde o vírus reside e se reproduz. O estudo foi feito em um roedor, espécie animal na qual a infecção pelo HIV se assemelha à doença e sua progressão em seres humanos.
Em uma série de testes realizados duas e seis semanas após a introdução das células modificadas, os pesquisadores descobriram que o número de células CD4 "ajudantes" das células T, que se esgotam durante a infecção pelo HIV, aumentou, enquanto os níveis de HIV no sangue diminuíram.
“Esses dados mostram o porquê de muitas famílias buscarem ajuda para armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus filhos recém-nascidos, a fim de não precisarem recorrer a alguém que possa doar células caso, algum dia, venham precisar.
É importante ressaltar que essas pesquisas ainda são experimentais. Portanto, é necessária uma avaliação mais ampla, sempre seguindo os protocolos de segurança e eficácia definido por entidades de pesquisa e ética reconhecidas”, explica.
Outro ponto positivo é que as células-tronco do cordão umbilical são adultas e livres de impurezas, o que garante ainda mais eficiência em seu uso na área terapêutica.
“As células, após a coleta, são avaliadas e armazenadas, podendo ficar congeladas por longos períodos sem que haja a perda de suas propriedades terapêuticas. Para se ter uma ideia, existem bolsas de sangue de cordão congeladas há mais de 20 anos”, finaliza.
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