Lutadora de MMA protagonizou o segundo episódio de nudez pública ocorrido em Porto Alegre nas últimas semanas
Foto: Daniel Fávero / Terra
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A indignação e o desespero acumulados em uma vida de erros e acertos a levaram ao ato extremado em um momento no qual se sentia completamente desamparada por tudo e por todos.
“Estou em uma fase da minha vida em que eu não tenho mais nada”.
Betina andou nua entre carros, debaixo de chuva, em rua de Porto Alegre
Foto: Reprodução
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O carinho que ela tem pelo esporte é imensurável para quem vê de fora, porque, nos três anos nos quais praticou o esporte, pela primeira vez na vida sentiu o que era ter autoestima.
Mas quando virei prostituta para ser atleta, parece que eu virei um bicho (...) não tenho como começar, porque tenho 35 anos.
Não tenho carteira assinada, um salário de R$ 800 não paga o meu quarto de R$ 500, mais a minha passagem, a minha comida, e os meus filhos.. Então me deu um desespero tão grande, porque se era o meu corpo que queriam ver, que olhem de graça porque não quero mais cobrar por isso”, desabafa em uma entrevista na qual chorou em vários momentos.
Os motivos que levaram Betina a uma atitude extremada de protesto pelas ruas são apenas a ponta do iceberg de uma vida de sofrimento.
Diagnosticada como borderline (um transtorno de personalidade), ela diz que sempre soube que eu era diferente.
"Fiz escolhas erradas e era mais fácil me rotular como louca, inconsequente e drogada, mas eu não era nada disso”.
A vida difícil fez com que se separasse dos filhos, uma adolescente de 17 anos, com quem ainda tem contato, e um menino de 3 anos, que nem sabe que ela é sua mãe.
“Foi tanta dor que eu tive que fazer alguma coisa”.
Sem ter bem uma direção certa, ela passa os dias na academia onde treina e faz planos para buscar um trabalho e um futuro melhor, do alto da experiência de quem já sofreu muito na vida, mas se recusa a desistir.
post: Marcelo Ferla
fonte: terra.com.br
Só buscando muito a Deus viu...
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