Cemitérios de navios ao
redor do globo.
Por
Carlos Eduardo Ferreira
Afinal, para onde são
enviados os navios que não têm mais serventia? Isso depende do caso,
evidentemente. De fato, a despeito da popularização de indústrias focadas na
reciclagem de velhas embarcações, muitas delas ainda podem ser encontradas em
enormes cemitérios compartilhados.
Outras ocupam locais
específicos há décadas, entregues às intempéries e revelando a avançada idade
no acúmulo de ferrugem. Mas parece existir algo mais além de “lixo” ali, não?
Com o perdão do “momento poético” aqui, talvez seja possível encontrar em
diversas localidades destinadas à desova de velhos barcos uma beleza singular...
Quase fantasmagórica. Confira abaixo.
Porto de Noaudhibou
(Mauritânia).
O local abriga atualmente
mais de 300 embarcações abandonadas, compondo o maior cemitério do gênero do
mundo. A prática de deixar barcos velhos por ali teve seu início durante a
década de 1980, ocasião em que a indústria pesqueira foi nacionalizada.
Mo`ynoq (porção ocidental
do Uzbequistão).
Uma cidade portuária
completamente abarrotada de navios arruinados. O cenário começou a tomar essa
forma durante os anos de 1980, devido à recessão do mar Aral — o qual se encontra,
atualmente, a 150 quilômetros do porto original.
Costa dos Esqueletos
(Namíbia).
O nome se deve à imensa
quantidade de ossadas de baleias e de focas dispostas por todo o local.
Entretanto, dividindo o mesmo espaço, há também centenas de carcaças
abandonadas de navios — boa parte deles capturados por rochas ou ludibriados
pela densa neblina do local.
Cemitério de Navios de
Staten Island (Condado de Richmond, Nova York).
Também conhecido como
Witte Marine Scrap Yard, o local é amplamente utilizado para depósito de navios
abandonados em Nova York.
Cemitério de navios
militares em Landévennec (França).
O local é ocupado
principalmente por embarcações abandonadas pela marinha francesa. O cenário é
descortinado juntamente com o rio Aulne.
Grytviken (Geórgia, EUA)
O local foi povoado por
pioneiros em 1904, liderados por um capitão norueguês, como uma estação de caça
a baleias — servindo como base à companhia pesqueira.
Embora o local tenha sido
fechado em 1966, ainda há ali uma igreja em que, ocasionalmente, celebram-se
matrimônios — ocasiões que ganham como pano de fundo uma miríade de navios
baleeiros ao relento.
Pátio para navios
quebrados em Gadani (Paquistão)
Trata-se do terceiro maior
cemitério de navios do mundo, com capacidade para abrigar até 125 navios de
diversos tamanhos — incluindo até mesmo alguns supertankers.
Durante o ano
fiscal de 2009/2010, o local abrigava 107 embarcações.
Durante as décadas de
1970 e 1980, entretanto, o local era o maior do mundo, em razão da expansão da
indústria de reciclagem.
Cemitério das Âncoras
(Ilha de Tavira, Portugal)
Algo além de locais
legalizados para o “naturismo” pode ser desnudado na Ilha de Tavira, em
Portugal (com o perdão do trocadilho).
De fato, uma porção da praia do local é
toda ocupada por centenas de âncoras enferrujadas — quase uma obra de arte
moderna a céu aberto.
Vários pontos do Japão no
pós-guerra
Entre 1945 e 1947,
enquanto se recuperava dos resultados nefastos da Segunda Guerra Mundial, era
possível encontrar em diversos pontos do Japão (sobretudo em bases abandonadas)
centenas de submarinos midget, tanto prontos quanto ainda em construção —
conforme foi registrado pelas Forças Aliadas na imagem abaixo.
Entre eles,
havia inclusive diversos exemplares do famoso “Koryu”.
post: Marcelo Ferla
FONTE(S): io9
IMAGENS: Reprodução/Flickr
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião.