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sábado, 11 de outubro de 2014

Falando nisso.


VAIDADE EM EXCESSO PODE TRAZER SÉRIOS RISCOS À VISÃO.
Oftalmologista alerta para os perigos de procedimentos invasivos e uso de produtos que podem ser prejudiciais à saúde ocular.

A ditadura da beleza está presente em toda a sociedade.

De maquiagens a procedimentos, não faltam opções para melhorar a aparência e atingir padrões muitas vezes perigosos. Mas quando essa vaidade ultrapassa os limites e causa danos à saúde?
De acordo com o oftalmologista Richard Yudi Hida, alguns procedimentos invasivos, quando realizados nos olhos ou ao redor dos olhos, podem causar sérios danos.

“Na busca incansável da aparência perfeita, alguns indivíduos não pensam na saúde. A maioria não entende, por exemplo, que o uso inadequado da lente de contato sem avaliação prévia da córnea pode provocar infecções ou úlcera e até a perda irreversível da visão.”, comenta o especialista.
Abaixo, o Dr. Richard elenca os procedimentos mais comuns e explica como cada um deles pode prejudicar a visão.

MAQUIAGEM

Seja por vaidade ou até mesmo necessidade, a maquiagem é item indispensável na rotina das mulheres.

Porém, o que muitos não sabem, é que o uso inadequado pode causar sérios danos à visão.

Algumas alterações oculares como blefarite, ceratite ou conjuntivite crônica podem parecer doenças inocentes, mas podem ser extremamente debilitantes, caso se agravem muito.

“O mal uso de rímel, delineador, lápis e sombra podem causar irritações oculares, reações alérgicas, além de conjuntivite e blefarite (inflamação das bordas das pálpebras). Primeiramente, deve-se pesquisar se o produto é liberado pelos orgão nacionais responsáveis (ANVISA, por exemplo). Segundo, caso tenha qualquer sintoma diferente, é indispensável procurar seu médico imediatamente e suspender seu uso. Terceiro, seguir as instruções do fabricante rigorosamente”, alerta Richard.

O local de armazenamento também é importante.

Deve ser fresco e seco.

Os lugares úmidos e sujos podem aumentar a proliferação de microorganismos, como os fungos, e estragar o produto. É de extrema importância também não dividir a maquiagem com outras pessoas, pois esta é uma das formas mais fáceis de contaminar o produto.

Outro item que tem causado bastante problema é o desejo de ter cílios mais longos e volumosos.

“Para ter esse resultado, muitas mulheres usam produtos que fazem crescer os cílios, o mesmo que serve para tratar glaucoma. É de extrema importância realizar acompanhamento médico durante o uso desta medicação e seguir orientação do fabricante com relação ao local da aplicação. A aplicação em local inapropriado pode causar inflamações e manchas ao redor dos olhos e nas pálpebras”, complementa o médico.

LENTES COLORIDAS

Considerada um recurso para realçar a estética dos olhos, as lentes coloridas devem ser usadas com cautela.

"Assim como as lentes de contato com grau, as lentes coloridas devem ser usadas sob orientação oftalmológica, após realização de exame específico.

Ultimamente, temos observado pacientes usando lentes de contato coloridas, importadas (de origem desconhecida) e sem liberação dos órgãos reguladores nacionais. Tais lentes, não são recomendadas, pois não se sabe o tipo de produto ou pigmento utilizado, podendo assim, causar danos irreversíveis nos olhos e na visão.", destaca.
Ainda de acordo com o médico, nem todos os indivíduos podem utilizar lentes de contato. “Existe uma série de fatores que sugerem que o uso da lente não seja recomendado em alguns pacientes, dentre eles, indivíduos com dificuldade de manuseio, córnea com cicatrizes ou em sofrimento, falta de higiene e pessoas que possivelmente possam dormir com as lentes.

Sendo assim, o oftalmologista deve realizar um exame detalhado da curvatura da córnea e adaptar uma lente de contato adequado para cada tipo de córnea, para ver se ela se “encaixa” perfeitamente, e não fique muito apertada ou frouxa”, explica o médico.

MUDANÇA DE COR DA ÍRIS, TATUAGEM E JOIAS NO GLOBO OCULAR



Recentes, mas igualmente perigosos, estes procedimentos não são liberados pelos órgãos controladores e reguladores da saúde em nosso País, e também são condenados por órgãos supremos da oftalmologia brasileira, como o CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia – e a SOB – Sociedade Brasileira de Oftalmologia –, devido a falta de evidência na segurança do procedimento. 

“Além de serem práticas realizadas por pessoas que não fazem parte da área da saúde, também são nocivos, inadequados e colocam em risco a visão do indivíduo”, alerta o especialista.

Todo procedimento deve ter um estudo de eficácia e segurança após realização de muitos procedimentos, e não se basear em alguns casos realizados por profissionais não especializados.
A tatuagem consiste em injetar um produto colorido (tinta) entre a esclera (parte branca do olho) e a conjuntiva (película transparente que reveste a esclera).

Não se tem evidência se a pigmentação é um ato irreversível e as complicações podem ser desde uma conjuntivite química, infecção do globo ocular, perfuração ocular, descolamento da retina, ou até mesmo a cegueira.
Já o “piercing” de olho é um procedimento semelhante ao da tatuagem, mas, ao invés do produto colorido, é colocada uma pequena peça de platina ou ouro entre a esclera e a conjuntiva.

“Esse procedimento também é invasivo, podendo causar infecções, cegueira, bem como a possibilidade de perfuração e hemorragia sob a conjuntiva durante a cirurgia. O procedimento não é regulamentado no Brasil nem no mundo, e não se sabe o efeito deste produto em longo prazo”, finaliza Richard.
Sobre Dr. Richard Yudi Hida
Dr. Richard Yudi Hida é um dos maiores cirurgiões oculares reconhecido mundialmente. Há quase 20 anos, Dr. Richard Yudi Hida atua na área de oftalmologia clínica e cirúrgica, no tratamento das mais variadas doenças visuais.
O profissional é especializado em oftalmologia pelo Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo.
Foi Fellow nas 2 melhores Universidades do Japão (Keio University- School of Medicine e Kyorin University) onde dominou várias áreas da oftalmologia cirúrgica.
Atualmente, é chefe do Setor de Catarata do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, responsável por cerca de 500 cirurgias por mês.
É também diretor técnico do Banco de Tecidos Oculares da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, responsável por coordenar a distribuição de tecidos oculares desta instituição.
O profissional ainda é membro da equipe de Transplante de Córnea da Santa Casa de São Paulo.
É médico voluntário, colaborador e membro do Grupo de Estudo em Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade de São Paulo (USP), responsável por orientar inúmeras pesquisas internacionais sobre tratamento e diagnóstico de doenças da superfície ocular.
material: Natalia Galluzzi - natalia@dezoitocom.com.br
Post: Marcelo Ferla

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