Nigeriano aproveita Copa
do Mundo e faz apelo por meninas sequestradas.
Torcedor
Bougha Arthur, da Nigéria, levou o cartaz durante o jogo de Irã x Nigéria, em
Curitiba, para lembrar as 200 estudantes sequestradas em seu país.
Por
Fernando Araújo
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Bougha Arthur quer sensibilizar as pessoas ao drama as meninas (Foto: Fernando Araújo). |
Em meio à festa da estreia
de Irã e Nigéria na Copa do Mundo, em Curitiba,
na Arena da Baixada, nesta segunda, um protesto solitário chamou a
atenção entre os torcedores. O nigeriano Bougha Arthur, da cidade de Port
Harcourt, da Nigéria, levantava uma pequena faixa onde se lia em inglês Bring
back our girls (Traga de volta nossas meninas) em referência às mais de 200
estudantes sequestradas pelo grupo terrorista nigeriano Boko Haram no mês de
abril.
Bougha Arthur contou que
não conhece nenhuma das meninas sequestradas, mas, assim como todo o país, está
sensibilizado com a situação. Ele contou que achou importante fazer o protesto
pela visibilidade que um evento como a Copa do Mundo atrai.
- É uma oportunidade de
mostrar para o mundo que nossas meninas ainda estão sequestradas. Aqui em um
campo de futebol onde há união de raças, de povos, ideologias e crenças. As
pessoas podem lembrar de nossas meninas, disse.
O nigeriano foi crítico em
relação à atuação de órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Recentemente, o embaixador de Uganda nas Nações Unidas, Mull Katende disse que
a organização está comprometida "com uma diplomacia discreta, porque não
quer que a informação chegue aos sequestradores das meninas", segundo a
agência France Presse.
- Esperamos que as Nações
Unidas se sensibilizem mais e ajudem a resolver a situação, completou Bougha
Arthur.
As estudantes nigerianas
estavam fazendo uma prova em escola de uma vila remota de Chibok quando homens
armados cercaram a escola, colocaram 276 meninas em caminhões e as levaram, no
dia 14 de abril. Pouco depois, 53 meninas conseguiram escapar, disseram as
autoridades de Borno, que se localiza no epicentro da área de atuação da
insurgência.
Marcelo Ferla
fonte: globo.com
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