Seja bem vindo ao Blog do Marcelo Ferla

Terça-feira, 15 de abril de 2025

Informativo

Sempre gosto de lembrar aos leitores que este blog tem como intenção trazer à tona a informação, o conhecimento e o debate democrático sobre os assuntos mais variados do nosso cotidiano, fazendo com que todos se sintam atualizados.

Na medida em que você vai se identificando com os assuntos, opine a respeito, se manifeste, não tenha medo de errar, pois a sua opinião é de suma importância para o funcionamento e a real função deste espaço, qual seja, a de levar a todos o pensamento e a reflexão.

O diálogo sobre o que é escrito aqui e sobre o que vem acontecendo ao nosso redor é muito mais valioso e poderoso do que podemos imaginar.

Portanto, sinta-se em casa, leia, informe-se e opine. Estou aqui para opinar, dialogar, debater, pensar, refletir e aprender. Faça o mesmo.

Pesquisa

Custom Search

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Brasil deconhecido.



Ministério da Saúde estuda tirar insulina do Farmácia Popular se preço não for reduzido.


Terrorismo na disputa sobre o preço da insulina.
"Decididamente, a promessa do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, é um exercício explícito de terrorismo aplicado à saúde pública."
Leiam a excelente matéria da repórter Lígia Formenti, do jornal “O Estado de São Paulo”, reproduzida a seguir:
Dr. Augusto Pimazoni Netto

Lígia Formenti, O Estado de São Paulo
15 Setembro 2017

Segundo o ministro Ricardo Barros, pasta paga por unidade do produto distribuída pelo programa quase três vezes mais que o desembolsado para distribuição na rede pública; farmácias credenciadas garantem 30% do acesso à insulina no País.
BRASÍLIA - O Ministério da Saúde estuda retirar a insulina do Aqui Tem Farmácia Popular caso o preço pago pelo produto não seja reduzido. 
A medida faz parte de uma estratégia da pasta para restringir o orçamento do programa, criado durante o governo petista e que beneficia mensalmente uma média de 9,8 milhões de pessoas. 
Pela proposta, a que o Estado teve acesso, a distribuição do produto passará a ser feita somente nos postos de atenção básica caso não haja uma redução nos valores pagos pelo Ministério da Saúde às farmácias. 
Estimativas de mercado indicam que 30% do acesso à insulina no Brasil é feito por meio das farmácias credenciadas ao programa.
O ministro da Saúde Ricardo Barros afirmou que a pasta paga pela unidade do produto distribuída no Farmácia Popular R$ 27,50, quase três vezes mais do que é desembolsado para o produto distribuído na rede pública R$ 10.
"O objetivo é sensibilizar os parceiros para diminuir essa diferença de custo e ampliar a oferta de medicamentos", justificou o ministro. 
De acordo com ele, a oferta da insulina será mantida "desde que não onere os recursos públicos"
Pela proposta feita pelo ministério a que o Estado teve acesso, caso não haja entendimento, a insulina deixaria de ser distribuída no Aqui Tem Farmácia Popular a partir de 1 de janeiro. 
Procurado, no entanto, o ministério disse não haver data definida.
A retirada da insulina da cesta de produtos oferecidos no Aqui Tem Farmácia Popular é um dos pontos da discussão com fabricantes e representantes do setor varejista para reduzir o preço pago pelos medicamentos do programa.
Estão incluídos no Aqui Tem Farmácia Popular 42 produtos. 
Do total, 26 medicamentos (para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma) são adquiridos pelo Ministério da Saúde e distribuídos aos pacientes de forma gratuita. 
Para os demais produtos, os descontos chegam a 90%.
Atualmente, o investimento no programa é de R$ 2,6 bilhões. 
Caso nenhuma mudança seja feita, o governo estima que, para 2018, o Farmácia Popular exigiria R$ 3 bilhões. 
A proposta de Barros é reduzir a base de cálculo dos remédios, o que, a princípio, traria uma economia de R$ 750 milhões.
"Quero organizar o pagamento. Hoje tem uma tabela, com valores distintos. 
Minha proposta é que paguemos o preço médio do mercado, com uma remuneração de 27% para farmácias", disse o ministro.
A proposta, no entanto, provocou uma forte reação do setor produtivo, que ameaça sair do programa. 
"Para alguns itens, a redução seria de 70%. 
Isso tornaria inviável nossa participação no Aqui Tem Farmácia Popular", afirma o presidente executivo da Associação Brasileira de Redes e Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto. 
O presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, disse estar preocupado. 
"O programa é de grande importância, com impacto positivo nos indicadores de saúde", disse. 
"Mas é impossível atender a proposta do ministro."
Queda de braço. 
A queda de braço entre a pasta e o setor ainda deve se arrastar. 
Questionado sobre a ameaça de debandada do programa, Barros afirmou que a negociação ainda está em curso e que aguarda resposta dos setores envolvidos. 
"Vamos de novo contrariar interesses", resumiu. 
"Queremos reduzir o gasto com medicamento individualmente para atender mais pessoas. 
Quanto mais barato a gente compra mais pessoas podem ser atendidas."
Barreto sugere que outras mudanças sejam feitas no programa para garantir os preços atuais. 
Entre elas, a proposta para redução de ICMS. 
Como o imposto faz parte da arrecadação dos Estados, tal medida somente poderia ser possível caso houvesse anuência de secretários de fazenda. 
Na reunião, também foi proposto pelos empresários o fim do remédio gratuito no Aqui Tem Farmácia Popular ou a restrição do programa para aqueles que tenham obtido a receita de profissionais do Sistema Único de Saúde.
O Farmácia Popular é um dos programas símbolo da gestão do PT. 
O formato mais antigo da iniciativa, as unidades próprias de farmácia, foi extinto pelo governo em junho deste ano, sob a justificativa de que ele era dispendioso e pouco eficaz. 
A verba que era usada no programa passou a ser rateada entre os municípios.
A maior parte das pessoas atendidas pelo Aqui Tem Farmácia Popular acessa medicamentos de forma gratuita. 
De acordo com última informação do ministério, entre os medicamentos mais distribuídos estão o para controle de hipertensão e para diabetes. 
Para retirar os medicamentos, o usuário deve apresentar o documento de identidade, CPF e receita médica dentro do prazo de validade, que em fevereiro deste ano foi ampliada para 180 dias. 
A prescrição médica pode ser emitida tanto por um profissional da rede pública quanto por médico que atende em hospitais ou clínicas privadas.

post: Marcelo Ferla

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião.