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Na medida em que você vai se identificando com os assuntos, opine a respeito, se manifeste, não tenha medo de errar, pois a sua opinião é de suma importância para o funcionamento e a real função deste espaço, qual seja, a de levar a todos o pensamento e a reflexão.
O diálogo sobre o que é escrito aqui e sobre o que vem acontecendo ao nosso redor é muito mais valioso e poderoso do que podemos imaginar.
Portanto, sinta-se em casa, leia, informe-se e opine. Estou aqui para opinar, dialogar, debater, pensar, refletir e aprender. Faça o mesmo.
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quarta-feira, 5 de abril de 2017
Fernando Gabeira.
Fernando Gabeira é um homem
que admiro muito.
O admiro pela vasta experiência de vida privada e política, alguém que, muitas das vezes vi ser objeto de deboche, mas que na verdade, e poucos sabem, é um dos maiores intelectuais de nosso país.
Fernando Gabeira,
escritor, jornalista e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro (1998-2010),
nascido em 1941, é mineiro de Juiz de Fora e carioca por opção desde 1963.
É
pai de duas filhas: Tami e Maya.
É conhecido também por ter
participado da luta armada contra a ditadura como militante do Movimento
Revolucionário Oito de Outubro, que tentava instaurar o socialismo no Brasil.
Ele não era um guerrilheiro propriamente dito, mas trabalhava como repórter do
Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
É conhecido também por ter
participado da luta armada contra a ditadura como militante do Movimento
Revolucionário Oito de Outubro, que tentava instaurar o socialismo no Brasil.
Ele não era um guerrilheiro propriamente dito, mas trabalhava como repórter do
Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
É conhecido também por ter
participado da luta armada contra a ditadura como militante do Movimento
Revolucionário Oito de Outubro, que tentava instaurar o socialismo no Brasil.
Ele não era um guerrilheiro propriamente dito, mas trabalhava como repórter do
Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
Em 1970, Gabeira foi preso
na cidade de São Paulo.
Resistiu à prisão e tentou fugir em direção a um
matagal que existia por perto.
Vários tiros foram disparados e um deles atingiu
suas costas, perfurando rim, estômago e fígado.
Encarcerado, recebeu a
liberdade em Junho do mesmo ano, tendo sido trocado com outros 39 presos pelo
embaixador alemão Ehrenfried von Holleben, que também havia sido sequestrado.
O
grupo foi banido do país e exilado para a Argélia.
Ao longo de quase uma
década, esteve em vários países dentre os quais o Chile, a Suécia e a Itália.
Na Suécia, onde passou a maior parte da vida, formou-se em Antropologia na
Universidade de Estocolmo e exerceu a profissão de repórter até a função de
condutor de metrô em Estocolmo.
Voltou ao Brasil em 1979 onde passou, então, a
atuar como jornalista e escritor, defendendo o fim do regime militar.
Destacou-se como
jornalista, logo no início da carreira, na função de redator do Jornal do
Brasil, onde trabalhou de 1964 a 1968.
Os colegas de redação diziam que o
estilo marcante dos textos de Gabeira podia ser reconhecido até em bilhetes.
No
final dos anos 60, ingressou na luta armada contra a ditadura militar. Foi
preso e exilado.
Em dez anos de exílio,
esteve em vários países. Testemunhou no Chile, em 1973, o golpe militar que
derrubou Salvador Allende.
Mais tarde, retrataria a queda e o assassinato de
Allende em roteiro para a TV sueca.
Na Suécia, país onde viveu mais tempo
durante o exílio, exerceu desde o jornalismo, principalmente na Rádio Suécia,
até a função de condutor de metrô, em Estocolmo.
Com a anistia, voltou ao
Brasil no final de 1979.
Nos anos seguintes, Gabeira dedicou-se a uma intensa
produção literária, construindo as primeiras análises críticas da luta armada e
impulsionando no Brasil temas como as liberdades individuais e a ecologia. Livros como O que é isso Companheiro, O crepúsculo do Macho, Entradas e
Bandeiras, Hóspede da Utopia, Nós que Amávamos tanto a Revolução e Vida
Alternativa apontaram novos horizontes no campo das mentalidades e colocaram na
berlinda uma série de velhos conceitos da vida brasileira.
Em 1986, candidatou-se ao
governo do estado pelo Partido Verde e inaugurou uma nova forma de militância
política.
Os tradicionais comícios e passeatas, sisudos e cinzentos, ganharam
uma nova estética.
Dois momentos culminantes foram a passeata Fala, Mulher, que
coloriu a avenida Rio Branco de rosa e a cobriu de flores, e o Abraço à Lagoa,
em que milhares de pessoas deram as mãos em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas,
produzindo um dos momentos de maior força simbólica e plástica da cena política
brasileira.
Nos anos seguintes,
Gabeira continuou jornalista, escritor e tornou-se um dos principais líderes do
PV.
Em 1987, cobriu em Goiânia o acidente radioativo com o césio 137 e escreveu
seu décimo livro, Goiânia, Rua 57 – O nuclear na Terra do Sol.
Sua atuação
política e jornalística foi marcante em diversos outros fatos importantes da
vida nacional, particularmente os ligados à questão ambiental, como a
investigação do assassinato de Chico Mendes, a interdição da usina nuclear de
Angra I por problemas de segurança e o encontro mundial dos povos indígenas em
Altamira (PA).
Em 1988, lançou o livro Greenpeace: Verde Guerrilha da Paz, uma
reportagem-ensaio que apresentou ao Brasil a filosofia e os bastidores da maior
organização ecologista do mundo.
Em 1989, foi candidato a
presidente da república. Gabeira era, já então, a mais visível liderança de uma
nova opinião pública, mais escolarizada, mais atenta a questões ambientais,
culturais e éticas.
No mesmo ano, como jornalista, assistiu a queda do muro de
Berlim.
Em 1994, elegeu-se
deputado federal pela primeira vez.
(1998) (2002) Foi um dos mais influentes
deputados do Congresso Nacional.
Em 2006, foi o candidato mais votado no
estado.
Em 2010, foi candidato a
Governador e terminou a disputa em segundo lugar, com 20% dos votos.
Tentando traduzir a
importância de Fernando Gabeira na vida política nacional, a revista Veja
escreveu que ele era “o guerrilheiro da lucidez, a materialização das utopias
impossíveis”.
É um grande elogio: não é fácil harmonizar lucidez e utopia.
No Globo News o jornalista
Fernando Gabeira vai às ruas não apenas para trazer uma nova opinião, mas para
saber como repercutem nas pessoas e como alteram suas vidas cotidianas. Aproveite a entrevista deste homem no programa Roda Viva.
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