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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Gigantes de Condá - parte I




Quem chega ao estádio da Chapecoense pelo setor social encontra à esquerda, logo na entrada, uma estátua de um índio. 
Nada mais natural, afinal, a Arena Condá carrega no nome uma homenagem a um dos grandes líderes dos Kaingang no Oeste de Santa Catarina: Vitorino Condá. 
Foi ele o cacique que lutou para que seu povo tivesse direito à terra junto ao governo brasileiro, afinal, os colonizadores que chegavam à região iam se apossando das terras atrás de titulação do governo.
Quem chega ao estádio da Chapecoense pelo setor social encontra à esquerda, logo na entrada, uma estátua de um índio. 
Nada mais natural, afinal, a Arena Condá carrega no nome uma homenagem a um dos grandes líderes dos Kaingang no Oeste de Santa Catarina: Vitorino Condá. 
Foi ele o cacique que lutou para que seu povo tivesse direito à terra junto ao governo brasileiro, afinal, os colonizadores que chegavam à região iam se apossando das terras atrás de titulação do governo.
Eu peguei este trecho da origem do protetor e mascote do time da Chapecoense de um site (http://dc.clicrbs.com.br/sc/esportes/noticia).
Na verdade, depois de ver o máximo de notícias e informações sobre a tragédia, acordei exatamente no momento em que se dava a confirmação da tragédia da queda do avião, não soube, depois, o que escrever aqui no mesmo dia, ontem. 
Só consegui de imediato trocar minha foto de perfil pelo escudo da Chapecoense em preto e branco em sinal de luto e postar na minha conta no facebook Marcelo Ferla (Pato) manifestando-me puramente em relação ao que estava sentindo, fui genuíno e puro nas palavras que utilizei.
Pensei imediatamente em como poderia ajudar aqueles que ficaram, filhos, esposas, mães, pais, família. 
Pensei em como poderia ser o mais humano possível e eficiente na tentativa de ajudar a todos os envolvidos, familiares de toda a equipe do time, bem como dos jornalistas, tripulação, todos, que perderam a vida, em como poderia desde já, ajudar o mínimo que fosse a amenizar a dor destas pessoas, uma dor que não acabará jamais.
Agora, diluindo melhor tudo que ocorreu  e depois de tenar absorver o máximo de informações e assistindo as inúmeras homenagens mundo a fora, fui impulsionado em dizer que cada um de nós deveríamos comprar uma camisa do time da Chapecoense.
Tentei com isto, pensar em uma forma de ajudar financeiramente todos os envolvidos que ficaram, bem como o próprio clube, pensei em humanização, na questão de exercer o ato de humanizar e ser (verbo) humano, solidário, prestativo, enfim, em como eu poderia despertar nos demais o sentimento de sermos mais humanos para com nossos semelhantes.
Há quem possa criticar-me, e sempre haverá, pois estamos em um momento polarizado para tudo, em qualquer assunto, por mais banal que este seja, as pessoas o obrigam a que você tenha uma posição, um lado.
Logo depois disto, você, ao se manifestar, sempre é atacado de alguma forma, não há, jamais, um grau tolerante e de satisfação, muito menos de importância com o que realmente pensa, eis que o que pensa logo depois é esquecido justamente por quem o criticou por criticar, pelo prazer do conflito e não da harmonia. 
Pensando isto, depois de escrever o que escrevi, decidi não voltar atrás, correndo o risco de ser mal interpretado por ser mais um que acha que o dinheiro diminui e resolve a perda de entes queridos.
Não é este o caso no momento.
Para os críticos da minha postagem, que escrevi sob o efeito do choque do acontecimento, eis que não poderia me calar em sendo um amante incondicional do futebol (esporte) que sou, me apego e fico com a declaração do craque Denílson, que fora jogador do Palmeiras, São Paulo e Pentacampeão Mundial com a Seleção Brasileira, que chorando no programa Jogo Aberto de 29/11/2016 no segundo bloco, assim disse:
“Você acorda com uma notícia destas e se pergunta por quê? 
Não há explicação....
A maioria dos jogadores buscavam a independência financeira e para quem não é jogador de futebol não sabe que o jogador de futebol tem as costas largas, muitas pessoas dependem do jogador de futebol e muitas pessoas vão sentir esta perda, e provavelmente, muitos jogadores que estavam ali estavam se dedicando e lutando pelas pessoas que ficaram.” 


Lamentavelmente, em um mundo onde a cada dia que vivemos, cada vez de forma mais individualista, líquida e fútil, pouco pensando no todo e com pouquíssima profundidade de sentimentos atribuídos em nossas divagações, precisamos de tragédias absurdamente violentas e estúpidas como este acidente idiota para que o nosso lado mais humano apareça, e isso é muito grave, por tratar-se de uma sociedade formada em sua maioria esmagadora, por pessoas sentimentalmente doentes, na medida em que não conseguimos mais nos motivarmos a ser mais humanos simplesmente por ser ou por meio da percepção da necessidade desta postura quando de acontecimentos menores.


A minha intenção, e pesquisei muito como sempre o faço para isto, era fazer uma homenagem, mas acima de tudo, como sempre tento, através de minhas postagens, provocar a reflexão daqueles que leem meus textos e postagens de assuntos que me interessam.

O faria , inicialmente, em três textos.
Juntei muito material, li muito e ouvi quase tudo que fora dito sobre este trágico e estúpido acontecimento com, agora, a “nossa” Chape.
Mas resolvi parar por aqui e não me acovardo em dizer que esta marca horrível em nossa história nacional, bem como mundial, mexeu e está mexendo muito comigo, a ponto de eu ter sido invadido pela incapacidade de tentar externar o que não tem explicação em relação às perdas, mas que terá em relação a tragédia.
Porque estes homens e mulher, todos atingidos por uma coisa idiota em um mundo onde essas idiotices seriam mais úteis com outros?
Haveria pessoas que deveriam estar à frente deles na ida deste lugar que vivemos sei lá para onde?
Quem disser que não está sendo hipócrita e quem disser que isso não se deseja a nenhum ser humano mais ainda.
Outros, seres do mau, não eles.
Eles e ela, guerreiros, trabalhadores, honestos, íntegros, pacíficos, com suas famílias e amigos.
Pessoas do bem e que faziam muito bem no sentido mais amplo da palavra.
Desconheço qualquer característica ou ato desprezível de uma das vítimas, bem como dos sobrevivestes.
De minha parte estou fazendo o possível.
Tornei-me sócio da Chapecoense, quero comprar uma camisa oficial da Chape, tudo para ajudar a reerguer esse clube que estava encantando a todos com o seu futebol de cidade, de famílias.
No momento, estas estão todas esgotadas em qualquer site de produtos esportivos que procurei, não poderia ser diferente.
A Chapecoense tem como filosofia o todo de Chapecó, jogadores, comissão técnica, funcionários, familiares de todos estes e a sociedade, os cidadãos de Chapecó que ganharam um prodígio para torcer que leva o nome de sua comunidade (Chapecó).
Não podemos deixar que a Chapecoense não continue sendo o que vinha sendo, mas com muita calma, prudência, muito respeito e tempo necessário.
Agora é hora do humano e não do esporte.
A Chapecoense deve decidir o que quer e não deve, como não o fará, ter empurrada goela abaixo uma ajuda que, dependendo das circunstâncias, em nada ajudará.
Minhas mais profundas condolências a todos os atingidos direta ou indiretamente de forma brutal por esta imbecilidade, que as crenças e orações dos que ficaram, todos nós, traga força e serenidade, na medida do possível, para estes continuarem levando a vida a frente, mesmo que esta nunca mais seja a mesma, a todos estes e a Chapecó e seus cidadãos as minhas orações, força e apoio.
#ForçaChape #SomosChapecoense 
Paro aqui.

















 Marcelo Ferla

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