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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Homens admiráveis - Zygmunt Bauman.


Zygmunt Bauman: somos aquilo que podemos comprar.

Blogueiro:
Depois de ter postado a posição de Felipe Pondé sobre a direita, trago para vocês outro mentor intelectual que sigo.
Trata-se do sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman que ficou conhecido pela teoria da liquidez em nossa sociedade atual.
Bauman tem uma abordagem diferenciada e contrária a Pondé.
Desta forma, para que possam confrontar as opiniões e observações dos mestres, disponibilizo dois vídeos de Bauman sobre suas impressões do mundo atual, da liquidez em que vivemos.
Senão vejamos:


texto: Alfredo Carneiro
Zygmunt Bauman é um sociólogo e filósofo polonês que se debruça sobre os problemas do capitalismo, ou melhor, sobre a face mais perversa e doentia do capitalismo insano e selvagem: a ideia de que somos aquilo que podemos comprar
Ele observa que a sociedade atual, bombardeada pela propaganda incessante, vive em estado de estresse e ansiedade, pressionada a consumir cada vez mais. 
A sociedade atual sequer consegue pensar em soluções para seus problemas, afinal, não há tempo para isso. 
Temos muitas contas para pagar e perdemos completamente o poder de decidir nossas vidas.
Aliados a essa mentalidade, os bancos se dedicam aos clientes que não conseguem pagar suas contas, preferindo que o indivíduo faça um empréstimo para pagar outro empréstimo, pois, afinal, lucram (e muito) com os juros dos empréstimos. 
O indivíduo disciplinado que paga suas contas precisa ser capturado pela lógica do endividamento, pois é uma ameaça à cultura do endividamento. 
Aqueles que não podem pagar não têm acesso aos shoppings centers, os santuários espirituais das sociedades de consumo e endividamento. 
Nossa época reflete, segundo Bauman, um momento onde o poder político desvinculou-se do poder econômico. 
Assim, a política tornou-se ilusão, pois as decisões políticas devem ser do interesse do poder econômico.
Se no passado o capitalismo era norteado pela cultura da poupança, onde as pessoas faziam sacrifícios para obter aquilo que necessitavam, hoje vivemos a ilusão do “aproveite agora e pague depois”
E pague, de preferência, por coisas que não precisa. 
A criação de necessidades é uma especialidade desse esquema cruel e excludente.
Contudo, até mesmo o supremo poder econômico, que tudo domina, irá consumir a si mesmo. 
Estamos, segundo Bauman, em uma época sem líderes ou política, orientados tão somente pelo consumismo, sem direção ou objetivos
Somente após o previsível colapso de nossas sociedades de consumo é que buscaremos soluções mais sensatas.




Deixe seus comentários. 

Amanhã a continuação deste assusto com a análise completa de Luiz Felipe 
Pondé sobre o conceito de pós-modernismo de Bauman.

Até lá.

post e introdução: Marcelo Ferla
texto: Alfredo Carneiro

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