R.Dominicana colabora com
FBI em investigação de compra de aviões da Embraer.
A República Dominicana
está colaborando com o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, na
investigação aberta pelas suspeitas de pagamento de propina e irregularidades
na compra de oito aviões Super Tucano da empresa brasileira Embraer, informou
nesta quinta-feira a Procuradoria-Geral do país caribenho.
Brasil e República
Dominicana estão investigando há três anos os pormenores e detalhes da compra
realizada em 2008, por parte do Estado dominicano, de oito aviões Super Tucano
da Embraer, e na qual, supostamente, houve pagamento de propina no valor de US$
3,52 milhões.
São acusados de terem
participado dessas irregularidades o ex-ministro das Forças Armadas da
República Dominicana, o major-general Pedro Rafael Peña Antonio, os empresários
Daniel Aquino Méndez e Daniel Aquino Hernández e o coronel Carlos Ramón Piccini
Núñez, suposto intermediário da transação e o único que está preso.
O militar e os dois
empresários estão proibidos de deixar o país, segundo uma determinação da
Justiça dominicana datada de 18 de agosto.
Em comunicado divulgado
nesta quinta-feira, a Procuradoria-Geral do país caribenho afirmou que,
recentemente, uma delegação do Ministério Público dominicano viajou aos Estados
Unidos, onde manteve reuniões de trabalho com o FBI, ampliando as investigações
em torno do caso dos aviões.
Nessa nota, o procurador-geral
dominicano, Jean Rodríguez, garantiu que "está trabalhando em total
colaboração com as autoridades de Estados Unidos e Brasil com o firme propósito
de conseguir sustentar um bom expediente acusatório que não deixe pontos soltos
e que o mesmo possa ser concluído da forma na qual a população merece, fazendo
com que impere a lei e a justiça".
Informações de imprensa
indicam que alguns senadores dominicanos promoveram o suposto pagamento de
propina na compra dos aviões Super Tucano, por isso o presidente do Senado, o
governista Reinaldo Pared Pérez, pediu ontem ao Ministério Público que
intimasse os legisladores que aprovaram o acordo para a transação com o Brasil.
post: Marcelo Ferla
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