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sábado, 27 de agosto de 2016
Especial Joker - a origem do maior vilão de Batman.
Apesar de haver diversos
relatos e histórias, a versão mais conhecida é que a pessoa que futuramente se
tornaria o psicopata criminoso, participou de uma tentativa de assalto a uma
Fábrica de Cartas de Baralho em Gotham City, disfarçado como o então criminoso
Capuz Vermelho, ao lado de mais outros dois comparsas.
Tal invasão e assalto
fracassaram, ele acabou perseguido pelo próprio Batman,e na fuga, cercado sobre
um tonel de produtos químicos desconhecidos, preferiu se jogar nele a ser preso
pelo Cavaleiro das Trevas.
Ele conseguiu escapar livre e sobreviver ao pesado
banho químico, mas sua pele restou com a pigmentação absolutamente branca,
enquanto seu cabelo ficou definitivamente verde, e os músculos faciais ligados
à boca foram deformados definitivamente, ganhando um eterno aspecto de sorriso.
O choque, ao perceber a aberração em que havia sido transformado, o
enlouqueceu de tal modo que ele se tornou o assassino psicopata e anárquico que
se auto batizou Coringa.
A partir dessa versão, há
várias outras possíveis, que complementam ou mesmo se chocam com esta, nenhuma,
no entanto, sendo jamais comprovada.
Embora muitas histórias tenham sido
relacionadas, uma origem contada diretamente nunca foi estabelecida para o Coringa
nos quadrinhos e seu verdadeiro nome nunca foi confirmado.
O próprio vilão se
diz confuso quanto ao que realmente aconteceu, como em A Piada Mortal:
"Às
vezes eu lembro de uma maneira, ora de outra... se eu vou ter um passado, prefiro
que seja de múltipla escolha Ha! ha ha!".
A versão mais aceita foi a
contada na graphic novel "Batman: A Piada Mortal" de 1988, escrita
por Allan Moore e desenhada por Brian Bolland.
Nela, o futuro Príncipe
Palhaço do Crime era um químico, que saiu do seu emprego na Fabricante de
Cartas de Baralho, para realizar seu sonho de viver como Comediante Stand-up.
No entanto, ele fracassa, o que o leva a uma situação financeira dramática pra
ele e pra sua esposa Jeannie, grávida de seu filho.
Desesperado, ele aceita
trabalhar com dois assaltantes, auxiliando-os a invadir e roubar sua
ex-empregadora.
Em um único dia terrível, sua esposa morre junto
com seu filho não nascido em um acidente doméstico.
Ele então é ainda coagido a
realizar o assalto já marcado, o qual, como já relatado, acaba em fracasso e
mais uma tragédia sem volta para ele, ficando deformado irremediavelmente.
Todas as tragédias acumuladas deste dia o transtornam e o enlouquecem
drasticamente, transformando-o no Coringa, mas ao final da HQ essa versão é
desmentida pelo próprio Coringa, que diz que se lembra de várias origens
diferentes com certa frequência.
"Às vezes eu lembro de uma maneira, ora de outra... se eu vou ter um passado, prefiro que seja de múltipla escolha Ha! ha ha!".
Alan Moore, o autor
daquela história de 1988, se baseou numa primeira versão que contava que o
bandido era um ex-engenheiro químico com uma família para sustentar, e que após
ser demitido descobriu que sua mulher tinha câncer.
Ele então buscou dinheiro
para um tratamento, trabalhando como piadista, mas ninguém achava graça nele.
Então se juntou com um grupo de ladrões e foi roubar uma fábrica química.
Assumiu nesse dia o disfarce de um criminoso conhecido como Capuz Vermelho.
Tentava assaltar uma fábrica e quando Batman e Robin invadiram o lugar, o Capuz
Vermelho cai acidentalmente num tonel de produtos químicos.
Foi dado como morto
mas 10 anos depois ressurge completamente louco, com pele branca e cabelos
verdes. “Lembra? Oh, eu não faria
isso! Lembrar é perigoso...
Eu vejo o passado com um lugar cheio de ansiedade.
As lembranças são traiçoeiras!
Num instante vc está perdido num carnaval de
prazeres, com aroma da infância, os neons da puberdade...
No outro, te levam a
lugares aonde vc não quer ir...
Onde a escuridão e o frio trazem a tona coisas
que gostaria de esquecer! As lembranças podem ser vis, repulsivas e brutais...
Mas podemos viver sem
elas? A razão se sustenta nelas.
Não encarar as lembranças é o mesmo que negar
a razão!
Mas e daí?
Quem nos obriga a ser racionais? NÃO HÁ CLAUSULA DE
SANIDADE! Assim quando você estiver dentro de um desagradável trem de
recordações, seguindo para lugares do passado onde o risco é insuportável...
Lembre-se da loucura. Loucura é a SAÍDA DE EMERGÊNCIA!”.
Alan Moore (Coringa -
Piada Mortal)
Ao fim da saga Batman:
Terra de Ninguém, o Coringa sequestrou e ameaçou matar um grupo de bebês
recém-nascidos.
Para impedi-lo, a esposa do Comissário Gordon, Sarah
Essen-Gordon acabou sendo assassinada.
Em uma outra versão o
Coringa era Joseph Kerr, uma criança problemática: vivia psicologicamente no
seu mundo isolado após a separação de seus progenitores.
Seu pai, em um momento
de raiva, ao ver Joseph chorar, perguntou porque ele estava tão serio, e logo
depois cortou a boca de seu próprio filho, deixando-o com uma cicatriz no lado
esquerdo do rosto.
As crianças com quem estudava o consideravam estranho, mas
ele dizia que não era assim mas todos os demais eram.
Em resposta, sua colega
disse que se todos eram estranho e ele era único normal, ele continuaria sendo
considerado estranho.
No mesmo dia, ele arrumou briga com um colega de escola e
fez o garoto ir para o hospital e levar 12 pontos na cabeça.
Após ter sido
expulso de 3 escolas, desistiu dos estudos.
Foi levado ao psiquiatra, mas nunca
mudou sua personalidade estranha.
Seu pai o considerava louco e desconsiderava
ele como filho.
Um dia, já atingida sua adolescência, ele fugiu de casa e a
incendiou com seus pais dentro.
Enquanto olhava a casa queimar cortou a outra
parte de sua boca formando um sorriso completo em seu rosto.
Não se sabe o que
fez em seguida: acredita-se que virou ladrão de joalherias e assumiu o nome de
Jack Napier até se transformar no Coringa. Esta versão soa um tanto
desapropriada, pois no seu rosto mundialmente conhecido, não vemos cicatrizes
como nessa versão.
Há ainda uma terceira
versão, amplamente aceita, e também amplamente questionada em que o Coringa tem
seus problemas de infância (como contado na segunda versão), e ao crescer,
decide roubar uma fábrica da companhia de cartas, para se vingar de sua
demissão do cargo de engenheiro químico, e, ao tentar fugir, se joga em um duto
que levava lixo tóxico proveniente do material de tintura das cartas.
O
resultado é o desconhecimento de seu paradeiro ao mesmo tempo em que surge a nova
figura: Cabelos verdes, lábios vermelhos e pele branca tornam-se a nova marca
registrada do personagem.
Em Arkham Asylum: Uma Casa
Séria na Terra Séria, escrito por Grant Morrison, é dito que o Coringa não pode
ser louco, mas tem algum tipo de "super-sanidade", no qual ele se
recria a cada dia para lidar com a fluxo caótico da vida urbana moderna.
Um primeiro conto de
origem foi em Detective Comics # 168 (fevereiro de 1951), quando foi revelado
que o Coringa tinha sido um criminoso conhecido como Capuz Vermelho.
Na
história, ele é um engenheiro químico que ficou vigiando para roubar a empresa
que o empregou, e adotou a personalidade do Capuz Vermelho.
Depois de cometer o
roubo, o que frustra o Batman, ele cai em um tonel de resíduos químicos. Surge
pouco depois com a pele branca, lábios vermelhos, cabelos verdes e um sorriso
persistente.
A identidade do Coringa
como Capuz Vermelho é confirmada em Batman # 450, quando o bandido encontra um
velho traje de capa que Capuz Vermelho manteve e coloca-o para ajudar na sua
recuperação após os eventos de Uma Morte em Família.
Mas isso não é o
suficiente para se dar como fato, pois essa não é a primeira origem que foi
"confirmada" posteriormente em histórias canônicas.
A história
"Pushback" (Batman: Gotham Knights # 50-55) suporta parte desta
versão da história de origem do Coringa.
Nele, uma testemunha (que por
coincidência acaba por ser Edward Nigma) relata que a mulher do Coringa foi
sequestrada e assassinada por um policial corrupto que trabalhava para os
criminosos, a fim de forçar o engenheiro a realizar o crime.
O Coringa tenta
localizar o policial corrupto que cometeu o assassinato, mas depois que seus
capangas são assassinados por Prometeu, apenas para depois ser duramente
espancado por Silêncio, e em seguida, expulso de Gotham antes de isso
acontecer.
"Payback", também mostra imagens do Coringa
pré-desfigurado - identificado como "Jack" - com sua esposa, dando
mais suporte a esta versão.
A história de Paul
Dini-Alex Ross "Case Study", propõe uma teoria muito diferente.
Esta
história sugere que o Coringa era um gângster sádico que trabalhou à sua
maneira a cadeia alimentar do crime de Gotham até que virou o líder de uma
máfia poderosa.
Ainda buscando as emoções que o trabalho sujo permitia, criou a
identidade do Capuz Vermelho para si mesmo para que pudesse cometer pequenos
crimes.
Eventualmente, ele teve seu fatídico encontro com o primeiro Batman,
resultando em sua desfiguração.
No entanto, a história sugere que o Coringa
ficou são, e planejou para que seus crimes parecessem com o trabalho de uma
mente doentia, a fim de prosseguir a sua vingança contra Batman e fosse capaz
de evitar o encarceramento permanente alegando insanidade.
Infelizmente, o
relatório escrito encontrado explicando esta teoria é descoberto, revelando que foi
escrito pela Dra. Harleen Quinzel, também conhecida como Harley Quinn, ajudante/amante insana do Coringa, o que invalida qualquer credibilidade que poderia
ter em tribunal.
O segundo arco deBatman
Confidential (# 7-12) re-imagina o Coringa como um criminoso talentoso que
abandona a identidade do Capuz Vermelho, também chamado Jack, o qual quase suicida
devido ao tédio com o seu "trabalho".
Ele fala com uma garçonete,
Harleen Quinzel, que convence-o a encontrar algo para viver.
Jack torna-se
obcecado com o Batman depois que ele sai de um de seus empregos, levando Jack a
atrair a atenção do Batman em um baile.
Jack fere Lorna Shore (quem Bruce Wayne
está namorando), levando o herói a desfigurar o seu rosto com um batarangue.
Jack escapa e Batman dá informações dele aos mafiosos, que o torturam com uma
planta química.
Jack mata vários de seus agressores depois de fugir, mas cai em
um tonel vazio e com as fortes punções de tiros selvagens os tanques químicos acima dele balançam e derramam material químico, causando uma inundação destes produtos químicos que alteram sua
aparência para a de um palhaço, completando sua transformação no Coringa.
Então se o Coringa já teve
um nome, ou o mais próximo de um alter-ego, esse seria Joseph "Joe"
Kerr, ou, como mostrado no filme de 1989 e na série de animação Batman: The
Animated Series, Jack Napier.
Na maioria das adaptações a que se referem ao
passado do personagem, seu nome é Jack.
Mas, ainda assim, nada pode ser dado como
certeza se tratando do Coringa.
A relação com o Cavaleiro
das Trevas
O Palhaço do Crime é o
arqui-inimigo do Cavaleiro das Trevas, o que já é muito se pensarmos que Batman
tem uma da maiores galeria de vilões dos quadrinhos, que conta com a
Mulher-Gato (Selina Kyle), Pinguim, Charada, Duas-Caras e outros.
A relação de
ódio entre ambos é, por sinal, única entre todos os inimigos do
Homem-Morcego;
Em algumas situações o próprio Coringa afirma que ele e Batman
são dois andarilhos que se completam pois enquanto os outros apenas o odeiam
querendo matá-lo, ou evitá-lo, o Coringa parece não querer exatamente o mesmo.
Por várias vezes, teve a chance real de matar ao Homem-Morcego, mas nunca foi
adiante, sem, no entanto, ser tão clemente com as pessoas que o rodeiam, como
Jason Todd, Bárbara Gordon ou Sarah Essen Gordon.
Na verdade, a crueldade e
insanidade de seus ataques, parece buscar, isso sim, enlouquecer o Batman, como
no clássico A Piada Mortal.
Muitos veem nisso, que o objetivo do Coringa não é
matá-lo, mas sim derrotar ao único homem que crê rivalizar com ele em
genialidade, convertendo um dos maiores e mais simbólicos heróis em apenas mais
um enlouquecido do Asilo Arkham, igual a ele.
Assim o objetivo do Palhaço
Príncipe do Crime não é roubar, enriquecer, dominar o mundo, se vingar, mas
apenas levar sua loucura a tudo e todos e derrotar o único adversário que
considera à sua altura, o Cavaleiro das Trevas.
The Killing Joke
Uma possível e mais bem
escrita origem do Palhaço do Crime foi contada na graphic novel intitulada
Batman: The Killing Joke (br: Batman: A Piada Mortal), de 1988.
Escrita por
Alan Moore e desenhada por Brian Bolland, é considerada uma das melhores
histórias de super-heróis já escritas.
Nela acompanhamos a origem do personagem
sendo contada através de flashbacks.
Após fugir do Asilo Arkham, o Coringa
decide provar ao Batman que basta apenas um momento de intensa pressão
psicológica para que um indivíduo escolha a loucura como meio de subjugar uma
realidade de intenso sofrimento. Para isso o Coringa e seus comparsas invadem a
casa do Comissário James Gordon, para sequestrá-lo.
Além disso, o Coringa dá um
tiro na barriga da filha do Comissário, Barbara Gordon, a Batgirl, deixando-a
incapacitada, em seguida ele a violenta sexualmente (sugerido pelos autores)
registrando tudo em fotos.
Posteriormente o Coringa leva o Comissário a um
parque de diversões macabro e o coloca numa montanha-russa que circula em meio
a projeções de fotos de sua filha sendo violentada. Com isso ele tenta provar
sua tese, deixando Gordon louco.
Entre suas maiores
atrocidades, em A Piada Mortal, O Coringa invadiu o lar da Família Gordon,
baleando e deixando paraplégica Barbara Gordon, a Batgirl original, e
sequestrando o Comissário Gordon, com o objetivo de torturá-lo e levá-lo à insanidade,
mas fracassando aí.
Pouco tempo depois, em Morte em Família, o Coringa tentou
vender uma ogiva nuclear a terroristas e, na sequência, ao capturar Jason Todd,
o segundo Robin, espancou-o com um pé-de-cabra até deixá-lo quase morto, por
fim deixando-o junto a uma bomba que o matou com sua explosão.
Ainda nessa
saga, ele tentou um assassinato em massa dos diplomatas e líderes mundiais
presentes a uma Assembléia Geral da ONU.
Após intervenção do
Batman, salvando Gordon e prendendo o Coringa, a tese deste não é provada
conclusivamente, pois vê-se que Gordon não enlouqueceu, apesar de toda a
tortura psicológica a que fora submetido.
Isso levanta a questão:
Por que será
que alguns escolhem a loucura como refúgio de uma realidade massacrante (como o
Coringa e o próprio Batman), e outros não?
O final da inquietante Graphic
Novel, se dá com uma piada contada por Coringa ao Batman:
"Tinham dois caras no
hospício...
Uma noite eles decidiram que não queriam mais viver lá... e
resolveram escapar pra nunca mais voltar.
Aí eles foram até a cobertura do
lugar e viram, ao lado, o telhado de um outro prédio apontando pra lua...
apontando para a liberdade!
Então um dos sujeitos saltou sem problemas pro
outro telhado, mas o amigo dele se acovardou...
É, ele tinha medo de cair.
Aí,
o primeiro cara teve uma ideia.
Ele disse:
-Ei! Eu estou com minha
lanterna aqui.
Vou acendê-la pelos vãos dos prédios e você atravessa sobre o
facho de luz!
Mas o outro sacudiu a
cabeça e disse:
- O que você acha que eu
sou? Louco???
E se você apagar a luz quando eu estiver no meio do
caminho?!"
Nisto, o Coringa começa a
rir.
De repente, o Batman esboça um sorriso e depois solta uma gargalhada junto
com seu maior inimigo.
Afinal, quem é o certo nesta história: "O Coringa
que quer provar a loucura comum a todos" ou "O Batman que tenta mostrar
o "LADO CORRETO" da justiça"?
Tem sido repetidamente
analisado pelos críticos como o adversário perfeito para o Batman, cujo longo
relacionamento, muitas vezes se assemelha ao conceito de yin e yang: Batman é
um personagem sério com um traje de cores escuras e o Coringa é colorido e
louco.
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