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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Mais uma vez: certo ou errado?

Ação que pleiteia autorização para aborto de bebês com microcefalia divide especialistas.
Médico contrário ao procedimento alega que danos ao sistema neuropsicomotor podem ser leves, e defensor da interrupção da gestação afirma que será dada às gestantes a possibilidade de optar.
Por: Larissa Roso


A iniciativa do grupo liderado pela antropóloga Debora Diniz, que prepara uma ação pleiteando, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), a autorização para o aborto em casos de microcefalia, divide a opinião de especialistas na área da saúde.
Marcelo Porto, vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, coloca-se contra a possibilidade de interrupção da gestação de um bebê diagnosticado com a má-formação que provoca comprometimento neuropsicomotor e faz um paralelo com a anencefalia. 

Os casos de fetos com ausência total ou parcial do encéfalo tiveram o aborto liberado pelo STF em 2012, na culminância de um processo iniciado, também por Debora, em 2004.
– Temos de ter muito cuidado com esse tipo de postura. 

Microcefalia não é anencefalia. O anencéfalo não tem a menor perspectiva de vida. 

A microcefalia tem diferentes graus. Pode ter um caso de microcefalia com um grau de comprometimento extremamente grave e outro com um grau leve  – explica o pediatra e neonatologista.  – Se generalizar, transforma-se em algo perigoso: poderia ser permitido o aborto de uma criança que talvez tivesse um grau de de sequela mínimo – exemplifica.
Thomaz Rafael Gollop, coordenador do Grupo de Estudos sobre o Aborto (GEA) e referência na discussão do tema no Brasil, é favorável ao movimento de Debora. 

Livre-docente em genética médica pela Universidade de São Paulo (USP), o ginecologista e obstetra acredita que a criança e a família não devem ser penalizadas por algo que não pôde ser previsto ou evitado.
– Na microcefalia há uma perspectiva de sobrevida, que é diferente de vida, mas são crianças com gravíssimas limitações do desenvolvimento neuropsicomotor, que terão uma vida altamente comprometida. 

Trata-se de uma lesão cerebral que não se vai conseguir corrigir. 

É uma agressão à saúde do feto – argumenta Gollop.
O médico destaca ainda que o que está em discussão é a possibilidade de se permitir o aborto à mulher que espera um bebê com microcefalia  – a mãe poderá optar ou não por esse recurso. 
– Precisamos de uma discussão democrática. 

Ninguém está dizendo que as mulheres devem interromper a gestação. Estamos dando uma alternativa.

post: Marcelo Ferla

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