Projeto Abandono.
Caio
Luiz
|
fotógrafa Priscila Arteaga |
“Normalmente procuro
autorização da locação para que não haja problemas futuros, caso não consiga ou
não encontre alguém, vou na fé mesmo.”
O contraste que gera
lugares abandonados com a delicadeza da mulher é o tema explorado pela
fotógrafa Priscila Arteaga na iniciativa que batizou de Projeto Abandono, ação
artística que completou um ano em setembro de 2015.
Formada em processos
fotográficos, a moradora de Guarulhos teve a ideia de clicar nus em paisagens
detonadas lá pelo ano de 2010, mas só pode colocar em prática a ideia em 2014,
ano em que precisava apresentar o trabalho de conclusão de curso.
De lá para cá, Priscila
visitou 15 locações pelo estado de São Paulo em que o total de 21 modelos
participaram.
Entre os prédios e construções que serviram de moldura para as belas
fisionomias estão:
Vila Maria Zélia, uma
antiga fábrica de cimento, o Best Shopping, uma fábrica de para-brisas, um
matadouro, uma produtora de sal, uma unidade do Colégio Pentágono, uma casa de
show, uma fábrica de macarrão e algumas casas abandonadas.
A fotógrafa costuma
conhecer os espaços antes dos ensaios. Analisa a luz do ambiente e prepara o
bolso caso tenha que dar uma grana para possíveis sem teto que ocupam as áreas.
Sempre vai com uma equipe de maquiadora, assistente e cinegrafista para teasers.
“Pretendo ano que vem
realizar minha primeira exposição e realizar grandes tours pelo Brasil.
Em
setembro deste ano, fiz meu primeiro tour em Santa Catarina.”
A maior referência da
artista é o fotógrafo Fabio Stachi.
Como gosta de explorar as locações, os
ensaios costumam durar cerca de duas horas e geram em torno de 150 a 200 fotos.
Outra característica do projeto é valorizar tipos e formas distintas de corpos
femininos.
“O corpo feminino é tão
maravilhoso, suas curvas...
Toda mulher deve se amar do jeito que é e se
expressar do jeito que quiser.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião.