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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Equilibrando-se por um fio.



Equilibrando-se por um fio.
O filme “A Travessia” convida espectador a atravessar as Torres Gêmeas feito equilibrista.
Robert Zemeckis ficou gravado no coração da geração juvenil dos anos 1980 e 1990 com a trilogia “De Volta para o Futuro”. O diretor ainda assinou clássicos como “Uma Cilada para Roger Rabbit” (1988), “Forrest Gump” (1994) e "Náufrago" (2000). 

O que estes blockbusters têm em comum é a diversão, o ar nostálgico e enfoque no entretenimento para a família.
Talvez por isso tenha sido ele o escolhido para dirigir o filme “A Travessia” (The Walk – 123 min - USA), que estreia em sessões antecipadas em 1º de outubro, e nacionalmente no dia 8 do mesmo mês. 

Estrelado por Joseph Gordon-Levitt, o longa metragem tem como enredo a história real do equilibrista Philippe Petit, autor de uma façanha ousada, que beirava à loucura, no ano de 1974.
Conhecido na Europa por cruzar em um cabo de metal as torres da igreja de Notre Dame, em Paris, Petit decide tentar o mesmo feito em um vão de mais de 70 metros entre os prédios idênticos mais altos do período: as Torres Gêmeas, então prestes a serem inauguradas.
Como o filme se passa há mais de 40 anos, a escolha de um diretor habituado a trazer à tona vida para o passado parece a mais indicada. 

O tom nostálgico é evidente, pois o filme é como uma fotografia preto e branca que ganha cores com o decorrer dos momentos e movimentos.
O mais interessante e complexo em se produzir o filme foi como dramatizar e sustentar a trama cujo ápice são apenas alguns minutos entre edifícios icônicos para o mundo, seja pelo ex-cartão postal ou pelo desastre de 2001. Além deste desafio, Zemeckis tinha que confeccionar algo artisticamente mais relevante que o documentário de 2008, “Man On Wire”, exatamente sobre a mesma história e vencedor de um Oscar.


Sendo assim, apesar do lado afável e charmoso de Paris, do pano de fundo amoroso e do encontro com o mentor rígido a ensinar truques para o equilibrista, a obra inteira é metalinguagem de si mesma. Se equilibra na tensão. 

No cai ou não cai do próprio protagonista, interpretado por Levitt como um irritante homem obstinado, obcecado seria até mais apropriado.
O filme é um misto de gêneros. 

A primeira metade é sobre família, encontros e autoconhecimento. Já a segunda parte é um heist movie (filme de assalto, como “12 Homens e Um Segredo", por exemplo) só que sem roubo, claro. 

Levitt encena todo o lado difícil e genioso de um personagem visto como espécie de artista delinquente e anárquico. Algo comum entre quem cria, se arrisca e concebe obras.
A IdeaFixa foi convidada a conferir o mais novo filme de Zemeckis em uma sessão exclusiva para a imprensa. 

No final da sessão, encontramos o crítico de cinema Rubens Ewald Filho e pedimos gentilmente que nos revelasse sua impressão da história.

“Sem dúvida é um épico que acima de tudo homenageia às Torres Gêmeas. Confesso também que me deixou muito nervoso porque tenho problemas com altura.”


O crítico tem toda razão e para quem ver o filme em 3D, prepare-se, isto intensifica e potencializa a sensação de estar acompanhando Petit nas beiradas de arranha-céus. 

Algo extremamente aflitivo com a vantagem de não sair da poltrona do cinema.

post: Marcelo Ferla
fonte: ideafixa

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