Passageira cadeirante se
arrasta para embarcar em avião da Gol.
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Divulgação - Foto batida por outro passageiro
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A mulher sobe se
arrastando de costas. E no interior da aeronave, um funcionário da Gol e um
fiscal da Infraero conversam...
A passageira Katya
Hemelrijk, de 38 anos, de um voo de Foz do Iguaçu para São Paulo, teve que
passar por um constrangimento absurdo. A cadeirante precisou se arrastar pela
escada do avião da Gol para conseguir embarcar.
O caso aconteceu na madrugada
de segunda-feira (1º).
De acordo o jornal Folha
de São Paulo, Katya precisava de um equipamento especial para entrar na
aeronave com segurança. A mulher é vítima de uma doença genética rara conhecida
como "síndrome dos ossos de cristal".
A ausência do equipamento
fez com que a mulher passasse pela humilhação.
"Ofereceram para me
carregar no colo, o que não aceitei. Há risco de me machucar com gravidade, de
quebrar uma perna por me pegarem de forma errada. Como não havia condições
dignas para que eu embarcasse, subi por conta própria. Fui me arrastando, de
bumbum", contou Katya.
Ela trabalha como
executiva de uma grande empresa de cosméticos. Mãe de dois filhos, estava em
Foz acompanhada do marido para um final de semana de passeio. O casal retornava
para a capital paulista.
A Infraero, que administra
o aeroporto, informou que o embarque é de responsabilidade da companhia aérea.
A Gol "lamentou o ocorrido".
A empresa explicou que o equipamento de
embarque não estava disponível e que tentou sem sucesso com outras companhias.
Gracinha da ANAC
A Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) - ao invés de ter inspecionado o aeroporto regularmente
antes, quando então saberia que ali não existe o equipamento - notificou a Gol
e a argentária Infraero, responsável pelo Aeroporto de Foz do Iguaçu para que,
em dois dias, prestem informações sobre o embarque da passageira.
"As irregularidades
na conduta da companhia e/ou do operador perante à Resolução nº. 280/2013 da
Anac, que trata de passageiros que demandam atendimento especial no transporte
aéreo, resultarão em autuações que podem gerar até R$ 300 mil em multas para a
empresa aérea e ao operador do aeroporto" - diz a ANAC.
post:Marcelo Ferla
fonte: Espaço Vital
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