Uma agressividade demasiada e posicionamentos preconceituosos.
Dia 28 de setembro de 2014, as declarações do candidato foram além de propostas políticas.
Demonstrou o verso do político, o outro lado de um homem truculento, que fez de palavras violentas, sua munição, descarregada nos homossexuais.
Não satisfeito, segue desferindo seu ódio.
Conclamou: “Vamos ter coragem! Nós somos maioria! Vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los''.
Considera a homossexualidade uma doença e que as pessoas se tratem “bem longe daqui”.
Termina afirmando que se o casamento igualitário for apoiado, isso reduziria a população brasileira de 200 para 100 milhões de pessoas.
Detalhe, a cada impropério a plateia ria como num stand-up.
Tanto é verdade que nas redes sociais muitas pessoas elogiavam a postura corajosa do candidato por ter falado aquilo que muitos pensam e não tem coragem de dizer.
Mas falar estas sandices não é ser sincero, é ser violento e propagar o ódio. Que sinceridade é essa que machuca, açoita, desqualifica, flagela e fustiga? De fato, muitos pensam assim e baseado no que fica nas entrelinhas torna-se convicção quando estimulada através da ira.
Um menino gay de 19 anos foi sequestrado, torturado e queimado vivo durante um "ritual de purificação" em Betim, Minas Gerais.
Foi encontrada em seu bolso uma carta que sugeria a uma “limpeza” na cidade para aqueles que declarassem seu “amor bestial”.
Por isso a urgência em se criminalizar a homofobia. Em um país sério o candidato sairia preso do debate. Espera-se que o governo reaja para um problema que está mais que escancarado.
Não existem assassinatos à heterossexuais por causa de sua orientação sexual, mas matam homossexuais por assumirem sua.
Uma minoria é composta por ditadores da maledicência, fascistas contemporâneos que fomentam a opressão e sujeitam os outros a odiarem como eles.
Pautam-se em suas embotadas compreensões de relacionamentos, amor, carinho, respeito e liberdade.
Tão sórdidos são que se alimentam das crenças religiosas para difundir as cóleras da humanidade - indiferença, preconceito e intolerância.
Vi uma frase no twitter que responde perfeitamente esta afirmação. “Dois iguais não fazem filhos, mas adotam o que dois diferentes abandonaram”.
Por isso, a importância de se criminalizar a homofobia, pois assim combatemos a mediocridade.
Devemos praticar a tolerância, reconhecer a diversidade, conquistar a liberdade sexual e assegurar direitos.
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