p.s - curta acima do post essa iniciativa e a compartilhe com todas pessoas que puder, dentre suas amigas, parentes e conhecidas. Essa luta é nossa, de homens e mulheres de bem.
Frente aos acontecimentos
e tendo como estopim o caso da garota que foi estuprada recentemente em Porto
Alegre, no qual o juiz declarou "— Ele não tinha antecedentes criminais.
(O estupro) é um fato isolado na vida dele”.
O Jornal do Comércio resolveu começar uma campanha nas redações através de suas jornalistas e profissionais mulheres.
Nesse caso ficarmos caladas é sermos coniventes com esta atitude. A Gemis -
Gênero, Mídia e Sexualidade fez uma arte e estamos sugerindo que cada uma tire
uma foto da maneira que quiser segurando o cartaz ao estilo da campanha “eu não mereço ser estuprada”, vamos
colocar a foto no nosso perfil e assim torcer para que a campanha se estenda e
que situações como essa não fiquem impunes. Isso é triste, muito triste.
Mais
triste do que isso é ficarmos calados ao desrespeito e a violação de um direito
humano fundamental: o de ser dono do seu próprio corpo.
Do blog: Este texto é
oriundo de uma das profissionais que trabalha no Jornal do Comércio e que está
tomando a iniciativa dessa campanha vinculando-a no JC e comunicando a todas as
mulheres e homens das demais redações dos demais jornais do Rio Grande do Sul
da necessidade para que estes venham a aderir, juntamente com o primeiro,
conforme o texto menciona acima, para que assim, seja tomada, em definitivo,
alguma providência no sentido de uma maior conscientização geral sobre este
gravíssimo ato criminoso que merece ser tratado com a devida proteção de forma
preventiva de suas possíveis vítimas, a adequada punição de seus agentes quando
da ocorrência do delito por este cometido e, que tudo isto ocorra com a
competência imparcial, e principalmente, eficaz do Poder Judiciário.
Esta luta
não pode ficar tão somente nos papéis impressos de nossos jornais, ela precisa
se tornar algo de combate direto, não o corpo a corpo, não com violência
física, desta já basta a que homens e mulheres (o Código Penal adicionou o
homem como agente passivo deste delito) sofrem ou poderão vir a sofrer com o
crime de estupro, mas com o combate direto através de maior esclarecimento das
vítimas e, principalmente, de atitudes com mais pulso, seriedade, respeito e
competência dos que cuidam destes casos nas mais variadas esferas
procedimentais pelas quais ele passa.
Selma de Moura Galdino
Vianna
O crime de estupro sofreu
algumas alterações consideráveis em relação ao sujeito passivo do crime.
Antes
da entrada em vigor da lei nº 12.015/09, somente as mulheres eram consideradas
vítimas desse crime.
A antiga redação do art.
213 do Código Penal estabelecia:
Art. 213. Constranger
mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:
Com a entrada em vigor da
nova lei, a qual introduziu profundas inovações em se tratando de Crimes
Sexuais, o sujeito passivo agora não se restringe mais somente a mulher e sim
qualquer pessoa poderá ser vítima de estupro.
Conforme nova redação dada
ao art. 213 do Código Penal, o qual dispõe:
Art. 213. Constranger
alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena reclusão, de 6 (seis)
a 10 (dez) anos.
Sendo assim, o homem
também pode ser vítima do crime de estupro, desde que constrangido pela mulher
à prática de conjunção carnal, mediante a violência ou grave ameaça.
O Blog do Marcelo Ferla
apoia incondicionalmente esta iniciativa, bem como o convívio igualitário e respeitoso entre os membros de nossa sociedade.
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