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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Falando nisso.



A questão do aeroporto construído, em Minas Gerais, dentro de uma fazenda da família do candidato Aécio Neves continua nas manchetes.
Não há vôos comerciais e, em média, há apenas um pouso e uma decolagem por semana.
Na Folha de SP, Elio Gaspari lembra que situações desse tipo afloram em campanhas eleitorais, e a maneira como os candidatos lidam com elas instrui o julgamento que se faz deles.
Em O Globo o assunto não mereceu muita atenção: apareceu em curta nota numa página par, o que mostra desprezo da editoria acerca do tema. No texto, Aécio acusa o PT de estar por trás da denúncia.
Há também notícia de dois pareceres afirmando a legalidade da empreitada. São assinados pelos ex-ministros do STF Carlos Velloso e Carlos Ayres Brito.
A construção do aeródromo da cidade de Cláudio (MG), em terreno de parentes do presidenciável Aécio Neves (PSDB), já vem sendo questionada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Minas desde 2001. Segundo o MPE, a primeira versão da obra, que resultou numa pista de chão batido, foi feita com dinheiro público nas terras particulares de Múcio Tolentino, tio de Aécio, sem que houvesse desapropriação ou licitação pública para escolha do local.
A pista de terra foi feita em 1983, quando o ex-presidente Tancredo Neves governou Minas Gerais.
Nessa época, Tolentino era prefeito de Cláudio e dono do terreno, o mesmo que foi desapropriado em 2008, no segundo mandato de Aécio, e que voltou a ser alvo de investigação do MPE. Tolentino figura como réu em ação civil pública de improbidade administrativa acusado de ter se beneficiado de verbas públicas para fins particulares.
Um convênio do extinto Banco Bemge com a prefeitura de Cláudio possibilitou a transferência das verbas públicas. Não houve licitação pública para escolher o terreno. Como Tancredo morreu antes da ação, proposta pelo promotor de Justiça Thales Tácito, na época da comarca de Cláudio, nenhum agente público do Estado foi responsabilizado. Anteontem (23) a juíza Marcilene da Conceição Miranda, da comarca local, determinou a intimação de peritos.
Na ação civil, o MPE pediu o bloqueio de bens de Múcio, inclusive da fazenda do aeroporto, a quebra de sigilo bancário e a condenação do ex-prefeito por improbidade, além do ressarcimento de danos.
O que me chama demais atenção é a parte de o jornal O Globo não ter dado ênfase ao assunto da maneira como este merece, eis que nos encontramos em ano eleitoral e toda e qualquer informação de todo e qualquer candidato a todo e qualquer cargo público que caracterize corrupção e improbidade administrativa, ou melhor ainda, "mão grande", deve ser vastamente enfatizado.
Não digo com isto que a Rede Globo de televisão está contra Dilma e a favor de Aécio, mas me parece um sinal estranho.
Sempre gosto de recordar quando falo em um assusto deste do episódio do Impeachment de Fernando Collor, o candidato que ganhou as eleições à presidência com apoio avassalador da emissora que depois, da mesma forma que o colocou lá o retirou em decorrência da derrocada do mandado do homem do Kung-fu fazendo com que a nação pintasse seus rostos e fossem em marcha firme até o palácio do tirano, tudo isto, demonstrando que a emissora agia nesse momento como aquele jogador que apostou e perdeu, mas que por ser o dono do jogo ou um dos corrigiu o erro de uma aposta mal fadada, Collor. 


Marcelo Ferla


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