Leite de cobra.
Mais uma vez a sociedade
gaúcha se depara com o fantasma do escândalo da adulteração de leite no Estado.
Em ato que já se caracterizou como sendo algo desumano e corriqueiro num
primeiro momento por parte dos produtores de leite e agora pelas indústrias de
leite, definitivamente não há humanidade, nem tão pouco bom senso da parte dos
envolvidos com algo tão sério, haja vista a quantidade do produto desperdiçado em
decorrência da sua irregularidade por conter substâncias de alta periculosidade
para o corpo humano (9 milhões de litros de leite) a única coisa que penso e
posso dizer é no que se refere a característica desumana e ambiciosa, assim
como, egoísta dos produtores de leite do Estado em escala industrial.
Da mesma forma, me apavora
o triplo prejuízo que todos nós temos com uma atitude desta natureza,
inicialmente pelo fato de estarmos, não se sabe a quanto tempo, ingerindo
produto adquirido com nosso dinheiro que sabe-se lá qual o tipo de prejuízo a
nossa saúde que estes podem causar.
Em segundo a questão da
quantidade abissal do produto que fora alterado (9 milhões de litros), o que me
faz ligar esse mar de leite as pessoas que vivem em estado de miserabilidade em
nosso Estado e que não tem sequer acesso a uma caixa de leite.
Terceiro e último, não sei
mais no que posso acreditar, salvo os produtos orgânicos, do que coloco na boca
para me alimentar. Passo a entrar quase que em um parafuso neurótico alimentar
no sentido de imaginar o que levam os produtos em suas composições (na sua
maior parte) industrializados que consumimos todos os dias.
Definitivamente, não
sabemos e nem temos como saber o que comemos. Que Deus nos proteja daquilo que
não temos controle que possa vir a nos prejudicar.
Marcelo Ferla
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