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quarta-feira, 11 de julho de 2018

‘A decisão de soltar o réu envergonha a Justiça’


‘A decisão de soltar o réu envergonha a Justiça’
Wálter Maierovitch diz que Moro agiu corretamente no caso de Lula, porque 'nenhum juiz é obrigado a cumprir decisão ilegal'
Marcelo Godoy


Wálter Maierovitch. FOTO: DENISE ANDRADE/ESTADÃO
O juiz aposentado Wálter Maierovitch acompanhou de perto as ações da Justiça italiana no combate ao crime organizado e na luta contra corrupção, a Operação Mãos Limpas.
Segundo ele, decisões como a que determinou a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva só aumentam o desprestígio da Justiça. 
“É a Themis envergonhada, um festival de teratologia”, disse.

Um plantonista pode conceder uma liminar em habeas corpus como essa dada ao ex-presidente Lula?
Não pode conceder em um caso que não é urgente e está sub judice. 
É preciso haver gravidade e urgência. 
O magistrado de plantão não foi juiz de sua própria atribuição e cassou por vias tortas uma decisão da Turma. 
Ora, uma liminar como aquela só poderia ser concedida em caso de flagrante ilegalidade ou abuso. 
Isso é um conhecimento básico, até para se passar no exame de Ordem (Ordem dos Advogados do Brasil, necessário para se exercer a advocacia). 
O magistrado (Rogério Favreto) devia pedir informações à autoridade coatora (que cometeu a ilegalidade), a 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal-4, o TRF-4). 
Nenhum juiz é obrigado a cumprir decisão ilegal. 
Assim, Sérgio Moro agiu corretamente ao se negar a soltar Lula.

Qual o efeito de uma decisão como essa para a Justiça?
Ela desacredita a Justiça, como nos casos de prejulgamento e de juízes que não reconhecem o seu impedimento. 
Ele (Rogério Favreto) parece seguir o exemplo de magistrados de instâncias superiores.

O plantonista, após decisão contrária do desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos casos de Lula, mandou novamente soltar o réu. 
Ele podia fazer isso, quando havia conflito de competência?

Quando há conflito de competência não se dá prazo para sua ordem ser cumprida. 
Deve-se suscitar esse conflito para instâncias superiores. 
Isso é mais uma forma de desprestígio da Justiça. 
É a Themis envergonhada, um festival teratológico (de anormalidades). 
O jurista Piero Calamandrei (um dos pais da Constituição italiana do pós-guerra) lembrava que, no passado, dizia-se que a Justiça era uma coisa que não se podia levar a sério. 
Não podemos chegar a esse ponto, em que a população passe a achar que a Justiça não pode ser levada a sério. 
A situação é grave.

post: Marcelo Ferla
fonte: 

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