“Quando
alguém defende a Ditadura Militar” por Leandro Karnal
Por Provocações
Filosóficas
Leandro Karnal (São
Leopoldo, 1º de fevereiro de 1963) é um historiador brasileiro, atualmente professor
da UNICAMP na área de História da América.
Foi também curador de diversas
exposições, como A Escrita da Memória, em São Paulo, tendo colaborado ainda na
elaboração curatorial de museus, como o Museu da Língua Portuguesa em São
Paulo.
Graduado em História pela
Universidade do Vale do Rio dos Sinos e doutor pela Universidade de São Paulo,
Karnal tem publicações sobre o ensino de História, bem como sobre História da
América e História das Religiões.
“Quando eu vejo alguém
defendendo a volta dos militares, eu olho para a idade.
Se for um jovem, eu me
sinto no dever de explicar o que é o arbítrio, o que é cassação de direitos,
como o habeas corpus, o que foi o AI-5, o que é tortura de mulheres grávidas, o
que é o fim da liberdade de imprensa, o que é a barbárie da concentração de
renda durante a Ditadura Militar.
Se for uma pessoa de idade, eu atribuo a
falta de memória que a idade pode estar provocando na pessoa.
Na verdade não há como
defender eticamente e moralmente num plano mínimo de humanidade, a intervenção
militar.
Nossos problemas foram piorados pela Ditadura.
É muito importante
lembrar que não se deve nunca questionar a democracia.
Deve-se aperfeiçoa-la.
É um recado importante para
os jovens que viveram sob regime de direito pós Constituição.
É preciso estudar
o que é a barbárie da Ditadura, a quantidade enorme de escândalos financeiros
de gente que enriqueceu ilicitamente acobertada por militares.
É preciso
insistir nisso para que as pessoas não fiquem achando que agora é que nós temos
estes problemas.”
post: Marcelo Ferla
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