Aos
86 anos, morre o ex-presidente do Grêmio Fábio Koff
Ex-dirigente multicampeão
com o clube estava internado no Hospital Moinhos de Vento
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Fábio André Koff
morreu aos 86 anos com um quadro de infecção generalizada
Mateus Bruxel /
Agencia RBS
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O Grêmio perdeu nesta
quinta-feira (10) o homem que se tornou sinônimo de vitória no clube.
Multivencedor, o ex-presidente Fábio
André Koff, 86 anos, morreu às 7h20min no Hospital Moinhos de Vento, com um quadro de infecção generalizada.
A
morte foi informada pelo narrador Pedro Ernesto Denardin no programa Gaúcha
Hoje.
Conforme boletim médico, o
dirigente ingressou no hospital no dia 3 de maio após apresentar mal estar e
febre.
Os exames detectaram que Koff estava com anemia severa e abscesso
hepático.
Sem dar resposta satisfatória à medicação e às outras medidas
médicas, ele foi transferido na segunda-feira (7) para o Centro de Tratamento
Intensivo (CTI), onde morreu nesta manhã.
Nascido em 13 de maio de
1931, em Bento Gonçalves, teve o primeiro contato com o Grêmio no final dos
anos 1930.
Em Garibaldi, Koff escutava os jogos do time em um rádio no Café
Possobon, próximo à residência da família.
Tinha seis anos quando ganhou a
primeira camiseta do clube.
— Eu fugia, enganava todo
mundo em casa, não importava a hora ou o dia.
Queria escutar os jogos.
O
coração parecia querer saltar pela boca — contou a Zero Hora, em outubro de
2012, quando aceitou concorrer novamente a presidente.
Na Capital, nos anos 1940,
Koff sentou nos degraus de madeira da arquibancada da Baixada.
O primeiro jogo
que viu foi um trepidante Grêmio e Independiente-ARG, vencido por 3 a 2 pelo
time do coração.
Advogado, depois magistrado,
professor, secretário especial do governo Pedro Simon, presidente da Corsan,
Koff rodou pelo Interior, mas sempre manteve a paixão pelo clube.
A chegada ao Grêmio foi em
1975, aos 44 anos.
No ano seguinte, Koff elegeu-se como vice de futebol na
chapa do presidente Hélio Dourado.
Permaneceu no cargo por pouco tempo, sendo
substituído por Nélson Olmedo.
No final de 1980, concorreu a presidente e foi
derrotado por Dourado.
Seria eleito em 1981, contra Rafael Bandeira.
Em 1982, a perda dos títulos
gaúchos, para o Inter, e do Brasileirão, para o Flamengo, lhe rendeu críticas
da torcida, mas o seu trabalho teve continuidade.
A resposta veio com a
conquista da Libertadores e do Mundial no ano seguinte, fatos que reabilitaram
sua imagem e o colocaram em definitivo na história do clube.
Entre 1990 e 1992,
atuou como presidente do Conselho Deliberativo.
A segunda passagem de Koff
pela presidência, entre 1993 e 1996, marcou um dos momentos futebolísticos mais
fecundos do clube.
Ao lado do técnico Luiz Felipe Scolari, a quem contratou na
metade do ano, o dirigente construiu o time que venceria competições como a
Copa do Brasil (1994), Libertadores (1995) e Recopa Sul-Americana e Brasileirão
(1996).
Ao deixar o Grêmio, assumiu
então o Clube dos 13, onde ganhou prestígio por elevar o valor da cota paga
pela TV aos participantes do Brasileirão e permaneceu até 2012, de onde só saiu
para concorrer outra vez à presidência do Grêmio, na qual derrotaria Paulo
Odone.
Ao reconduzi-lo ao comando
do clube, com 7.695 votos, os associados apostavam na retomada da conquista dos
títulos, o que não aconteceria, apesar dos altos investimentos em contratações.
Uma semana antes de assumir, Koff havia polemizado ao afirmar em entrevista a
Zero Hora que a Arena não era do Grêmio.
Durante os dois anos de seu mandato, o
ex-dirigente ocupou-se em renegociar o contrato com a OAS, em bases que não
comprometessem tanto as finanças do clube.
Morreu sem conseguir concluir a
missão.
Fábio Koff deixa a mulher,
Ivone, os filhos Fábio Koff Júnior e Alexandre e quatro netas.
post: Marcelo Ferla
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