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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Admirável mundo torto.


Criança de 9 anos tem cabelo crespo cortado à força por tias e primas e mãe procura a polícia em Mogi.
Segundo criança, parentes diziam que ela tinha cabelo podre e que iriam resolver. Menina sente dores por causa de puxões, diz mãe. 
Tia afirma que ninguém cortou o cabelo da criança e que família estava apenas arrumando.
Por Fernanda Lourenço, G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Criança de 9 anos tem cabelo crespo cortado à força por tias e primas em Mogi das Cruzes.
Uma menina de 9 anos e sua família procuraram a polícia para denunciar que duas tias dela e duas primas a obrigaram a cortar o cabelo no último fim de semana. 
As agressoras teriam chamado o cabelo da criança de "podre". 
Uma das tias que é acusada pelos pais, Adriana Alves da Silva, afirma que ninguém cortou o cabelo da criança e que a família estava apenas arrumando.
A agressão aconteceu durante uma visita à casa da avó materna, em Mogi das Cruzes, no último fim de semana. 
Quando os pais chegaram para buscá-la encontraram a situação.
"Estavam duas irmãs minhas, uma sobrinha e a mulher do meu sobrinho pegando o cabelo e repicando. 
Falando que era podre, que ia apodrecer. 
Ela sentia dor, porque estavam puxando. 
Uma estava com a tesoura e as outras puxando com pentes-finos", contou a mãe, que prefere não se identificar.
A criança tinha sido deixada no sábado (9) para dormir na casa da avó. 
"Meu esposo ficou nervoso e queria brigar com elas. 
Vontade não faltava. 
Como minha mãe e meu pai são idosos, peguei minha filha e fui embora. 
Depois fomos na delegacia de Suzano e falaram para ir a Mogi. 
Fui em Brás Cubas e pedi para fazer o boletim de ocorrência. 
Até o homem da delegacia ficou revoltado", disse.

À esquerda, menina antes de ter o cabelo cortado; à direita, depois do corte. Segundo família, parentes obrigaram criança a cortar o cabelo (Foto: Arquivo Pessoal).
A menina afirmou para a polícia que todas riam e a ofendiam. 
Elas teriam dito: 
"Sua mãe não cuida do seu cabelo. 
Você tem o cabelo podre e nós vamos arrumá-lo".
A menina afirma que ninguém perguntou se ela queria cortar o cabelo.

"Não perguntaram se podia. 
Falaram que a minha mãe não cuidava do cabelo e que era podre. 
Eu fiquei muito triste, mas fiquei quietinha", contou ao G1.

A mãe ficou revoltada com a situação. 
"Ela falou assim que não sabe por que elas fizeram isso com ela. 
Ela fala, 'mãe, por que elas fizeram isso comigo? 
Eu não fiz nada para elas'. 
Eu disse que também não sei o porquê."
Segundo a mãe, a criança tem reclamado de dores na cabeça. 
"Ela não deixa nem colocar a mão. 
Ela diz que se passar a mão dói. 
Tem uma parte maior, uma parte bem curta. 
Estava tão bonito o cabelo dela."
O caso foi registrado como lesão corporal e injúria racial. 
Segundo a mãe, a menina deve ser submetida a exame de corpo de delito nesta sexta-feira (15).
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo disse que a "Polícia Civil de Mogi das Cruzes informa que os pais da criança compareceram ao 2º DP do município nesta terça-feira (12) e foi elaborado um boletim de ocorrência de injúria e lesão corporal. 
Foi requisitado exame de corpo de delito à vítima e os pais foram orientados quanto ao prazo de seis meses para representar criminalmente contra as autoras."
O G1 falou com uma das tias da criança, a auxiliar de limpeza Adriana Alves da Silva, que nega que qualquer uma das familiares tenha cortado o cabelo da menina. 
Ela disse que elas estavam "dando banho e arrumando o cabelo porque ela tem cabelo difícil de arrumar".
Adriana afirmou ainda que não encostou no cabelo da criança e que a menina não recebe os cuidados necessários dos pais.

post: Marcelo Ferla

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