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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Depressão – um sentimento de não existir - por Beatriz Rodrigues.




Beatriz Rodrigues - Mestre em  Educação pela Universidade de Jàen na Espanha; Psicanalista Clínica; Palestrante; Psicopedagoga Clínica e Institucional; Pedagoga; Especialista em neurociência
Facebook: Psicanalista Beatriz Rodrigues;
beatrizpsicanalista@gmail.com      

Depressão – um sentimento de não existir.
Por Beatriz Rodrigues
Os deprimidos precisam ser ouvidos cuidadosamente para que a dor de existir possa dar lugar à alegria de viver que se sustenta no desejo.
           Os estados depressivos promovem uma inibição que Freud considerou um mecanismo de defesa que reage paralisando o retorno de uma angústia que foi recalcada, ou seja, de algo que inconscientemente insiste em não vir à tona, uma reação punitiva do superego.
           
           Para Freud, a depresssão congela as funções libidinais, o que gera  uma perda  de interesse ou de capacidade. É uma maneira de evitar, de fugir do eu, onde o sujeito se nega a lutar por algo como forma de evitar o confronto com algo que o angustia. Na depressão, a dor está ligada à castração à qual o sujeito é remetido a cada perda e na falta de ser, no vazio de ser do sujeito. Freud, em Para além  do princípio de prazer, descreve o prazer aliado à dor, dor que é a satisfação da pulsão de morte. A pulsão de morte é silenciosa e esse silêncio fala de um vazio, um vazio de vida. Nesses sujeitos nada os empolga, as atividades que restam estão no caráter da necessidade, não acrescentando nada ao sentimento de existir.
            Como já citei no meu post sobre Síndrome do Pânico, o mal-estar contemporâneo trouxe novas reflexões sobre a teoria Freudiana, pois não somente os conflitos neuróticos, comuns na  sociedade vitoriana, trazem dor psíquica. Hoje, patologias traumáticas, marcadas pela angústia de aniquilamento, são as grande geradoras da aneroxia, bulimia, compulsões e depressão, os males da atualidade.
“Daí aneroxia e bulimia (assim como a chamada síndrome do pânico, alcoolismo, drogadicções) serem consideradas hoje como perturbações pertinentes à era contemporânea, pela concretude de suas expressões, pelo vazio de significações, pelos sucessivos  actings, pelos constantes splittings e pela impulasividade das ações violentas em detrimento da ponderação elaborada do pensamento” MIRANDA, 2004
 MIRANDA, Marina Ramalho. Revista Brasileira de Psicanálise de SP, vol. 38 nº2,2004.

post: Marcelo Ferla
texto: Beatriz Rodrigues


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