Quais exames detectam a
retinopatia diabética?
Há alguns dias atrás
estive no consultório do Dr. Paulo Arruda Mello, oftalmologista, em convite
feito pelo laboratório Allergan.
Participaram também alguns
blogueiros e, no bate papo, mais uma vez saí do evento com aquela pergunta
“porque eu deixei chegar a esse ponto?”
Como já falei algumas
vezes no blog, infelizmente eu tenho o tipo de retinopatia diabética mais
perigoso e agudo: a retinopatia proliferativa.
E claro, isso aconteceu
por inúmeras razões, mas uma das mais significantes, com certeza, foi o tempo
em que simplesmente não quis me cuidar.
Acredito hoje, olhando para os anos que
passaram, que o fato de achar que aquilo nunca aconteceria comigo , meu
afastamento, minha negação só trouxeram esses frutos.
Na próxima semana inicio o
check up de fim de ano e lá veremos como está minha saúde.
Pensando em tudo que o Dr.
Paulo falou, todos os tratamentos, exames, estou eu aqui falando novamente da
importância de cuidarmos com atenção da nossa visão.
Nunca é tarde para falar,
para lembrar, para cuidar!
Não espere sua visão dar sinais de que não anda bem.
Faça o controle periódico de tudo o que pode ser um dia uma complicação.
Boa
leitura e cuidado!
Retinopatia Diabética:
Diagnósticos e tratamento
Toda pessoa com diabetes
precisa ter a rotina de visita ao oftalmologista, pelo menos 1 vez ao ano ( no
mínimo) , se as glicemias estiverem sob controle.
Claro que, para um paciente
com muito tempo de DM ou que esteja descompensado, esse tempo precisa diminuir.
Essa semana, como estou
fazendo exames, aproveito para chamar a atenção para esta complicação tão séria
que pode impactar muito nossa vida.
Retinopatia é uma das complicações que mais
amedrontam os diabéticos.
A retinopatia diabética
surge de uma forma silenciosa , não dói, não dá sinais em seu início. Por isso
a necessidade de visitar o seu médico.
Os exames de fundo de olho feitos em
consultório são tranquilos, apenas necessitam de dilatação da pupila.
O oftalmo
pode solicitar outros exames mais detalhados, como a Angiofluoresceniografia e
a Tomografia de Coerência Optica.
Mas o que são e para que
servem esses exames?
A Angiofluoresceniografia
é um exame onde são tiradas fotos do fundo de olho após a injeção de um
contraste em uma veia do braço.
As fotos obtidas podem ser digitalizadas,
arquivadas ou impressas para posterior avaliação e são usadas para documentar
possíveis alterações na retina do paciente com diabetes.
Semana passada passei por
esse exame.
Não dói, é rápido (eu tenho medo de agulha, mas tudo bem), só
incomodo pelos flashes das fotos, já que a pupila está dilatada.
Muita gente foge desse
exame por que tem medo, acha que vai doer, tem que injetar contraste.
Não tenha
medo!
Já a Tomografia de
Coerência Óptica (OCT) é um exame diagnóstico parecido com um ultrassom, que
utiliza luz no lugar do som.
O exame é não invasivo, não havendo contato com o
olho, também indolor.
Neste exame é possível verificar a mácula, se está
preservada, conforme a foto abaixo.
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Pelo
OCT é capaz de verificar a qualidade da mácula do paciente.
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Esses dois exames fazem
parte dos pedidos do oftalmologista para mapear a minha retina, já que preciso
deste acompanhamento com frequência.
A retinopatia diabética foi diagnosticada
para mim em 1997.
E desde então passei
por várias situações de piora, até que ela enfim estabilizou: e isso só
aconteceu quando de fato eu passei a ter o controle do diabetes através de
alimentação, exporte, medicamentos, etc.
Enquanto conversei com
algumas pessoas sobre esta “fase”, recebi algumas perguntas que gostaria de
compartilhar com vocês:
A retinopatia pode causar
cegueira?
Infelizmente, se não bem
identificada e nem tratada corretamente, em casos críticos isso pode até
acontecer.
Mas com o devido tratamento, é possível reverte-la quando ela ainda
está na fase inicial (não – proliferativa) ou deixa-la sob controle quando num
grau mais avançado (como é a que eu tenho, a proliferativa).
Na retinopatia
proliferativa os chamados neovasos, crescem na superfície da retina ou do nervo
óptico.
A principal causa da formação de neovasos é a oclusão dos vasos
sangüíneos da retina (isquemia) com
impedimento do fluxo sanguíneo adequado.
Freqüentemente os neovasos são
acompanhados de tecido cicatricial, cuja contração pode levar ao descolamento
da retina.
Pacientes com essa
retinopatia PRECISAM levar uma vida regrada, com glicemias controladas e
acompanhamento frequente com oftalmologista, para evitar:
- Hemorragia vítrea (hemorragia no vítreo, gelatina que ocupa maior parte do olho e pode causar
súbita perda de visão);
- Descolamento de retina;
- Edema de mácula;
Como é feito o tratamento
da retinopatia?
Laser – O laser é
freqüentemente indicado para tratar o edema macular, as formas
de Retinopatia Diabética Proliferativa e o glaucoma neovascular.
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Laser usado para tratar a Retinopatia Diabética. |
Injeção de
anti-angiogênicos e corticoides – São injeções aplicadas no olho em
procedimento ambulatorial com usos distintos.
Os primeiros, tratam edema
macular e neovasos, os corticoides o edema.
O oftalmologista especialista é que
indicará a melhor opção para cada caso.
Vitrectomia – em casos
avançados de retinopatia, esta micro cirurgia é indicada, e o vítreo
hemorrágico é removido e substituído por um líquido transparente.
A perda de visão
geralmente é EVITÁVEL. Por isso, cuide-se !!!!
Faça um acompanhamento
adequado com seu oftalmologista periodicamente, seus exames do controle do
diabetes com frequência e, ao menor sinal de embaçamento, mudança na qualidade
de visão, vá ao médico.
Lembre-se, uma vida saudável pode ajudar a evitar,
sempre, as temidas complicações do diabetes.
post: Marcelo Ferla
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