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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Colunista do Viagem relata o impacto de conhecer Auschwitz.

Colunista do Viagem relata o impacto de conhecer Auschwitz.
Há exatos 70 anos, em 27 de janeiro de 1945, eram libertados os prisioneiros dos campos de concentração na II Guerra.
Por: Rosane Tremea
publicado em 27/01/2015




Escrevi este texto para um sobrinho. 

Adolescente, ele estudava na escola os efeitos do nazismo e os campos de concentração na mesma época em que visitei um deles, em meados de 2014. Luiz Antonio estava tocado pela história de atrocidades e ficou ainda mais impressionado quando mostrei as imagens recém captadas. 

Com a professora de história, ele me convidou para falar sobre isso aos colegas de sala de aula. 

Infelizmente, não pude ir, mas combinamos que eu escreveria sobre a visita e mandaria fotos. Ele e a "profe" apresentariam aos colegas, o que de fato aconteceu.


Nesta terça (27), no dia exato em que se completam 70 anos da libertação do campo de Auschwitz, achei que deveria compartilhar o que escrevi. 

Por que no caderno de turismo? Porque, sim, os campos viraram ponto turístico (não é a primeira vez que o Viagem fala neles). 

Mas são muito mais do que isso: são um monumento à estupidez humana e à intolerância que, volta e meia, como agora, se acirram perigosamente. 

A seguir, a carta que eu escrevi ao Luiz Antonio:


Quando eu decidi visitar a Polônia, numa viagem que incluía também outros três países (Áustria, Hungria e República Tcheca), pensei duas vezes se deveria ou não conhecer os campos de concentração de Auschwitz. 

Viajava em férias, para deixar para trás as coisas pesadas do ano, e tinha medo de ficar triste. 

Mas achei que era importante, como jornalista, e para entender melhor o que estudamos nos livros. Fui a Auschwitz quando estava hospedada em Cracóvia, uma cidade linda onde viveu o papa João Paulo II (foi onde ele estudou e virou bispo e cardeal, entre os 18 e os 58 anos, até virar Papa).
Sugestão é de que visita dure pelo menos três horas e meia.
Os campos de concentração ficam a 60 quilômetros de Cracóvia, que já foi a capital da Polônia (a atual é Varsóvia). No site de Auschwitz, sugerem que se agende a visita com uma antecedência de dois meses, já que os visitantes são muitos (em 2014, foram 1,5 milhão de pessoas). O ideal é entrar no campo com guias, que explicam tudo. O ingresso é gratuito, mas é dada uma contribuição aos guias (em torno de 5 euros). 

Como eu comprei um passeio desde Cracóvia, paguei 60 euros pela passagem (mais ou menos R$ 190). 

Não se pode entrar com mochilas ou bolsas grandes. Recebi um fone e um aparelho de transmissão para ouvir o que o guia diz – eu fui com um que falava espanhol.
Quando a gente se refere a Auschwitz, se está falando de um complexo com vários campos de concentração. 

Eu visitei os campos I e II, distantes três quilômetros um do outro. 

Bem na entrada, há um letreiro onde está escrito em alemão Arbeit Macht Frei (que significa "o trabalho liberta"). Muitos dos que foram para ali, na grande maioria judeus, achavam que estavam indo para trabalhar e que ganhariam casas em troca também.


Mas quando os judeus e outros grupos perseguidos pelos nazistas chegavam (havia ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos etc), eles tinham tudo o que levavam na bagagem confiscado. Eram enganados o tempo inteiro. 

Uma das fotos que eu tirei mostra as malas com os nomes das pessoas. 

Os nazistas pediam para que identificassem as bagagens para que elas fossem devolvidas quando saíssem, mas era mentira, já que a maioria morreria ali e nunca mais veria seus pertences.

post: Marcelo Ferla

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