Somos todos Charlie Hebdo
Tendo em vista o ataque à
revista francesa Charlie Hebdo, ocorrido na quarta-feira (7), em Paris, a
Câmara Brasileira do Livro – CBL replica nota de apoio divulgada pela IPA –
Associação Internacional dos Editores.
A CBL repudia qualquer ato
contra a liberdade de expressão, em especial ações de tamanha violência e
intolerância.
A entidade se solidariza com o povo francês, que neste momento
encontra-se indignado com o atentado, e presta suas mais profundas condolências
aos profissionais e suas famílias.
Somos todos Charlie Hebdo:
editores árabes e internacionais unidos em defesa da liberdade de expressão*
Genebra, 7 de janeiro 2015
O ataque assassino à
revista satírica francesa é, na verdade, um ataque aos valores comuns aos
editores.
A comunidade editorial
global está chocada com o acontecimento brutal de hoje, contra a revista
francesa Charlie Hebdo, no qual o editor-chefe Stéphane Charbonnier e os
cartunistas Jean Cabut, Bernard Verlhac e George Wolinski estavam dentre as
doze pessoas mortas.
Assem Shalaby, presidente
da Associação de Editores Árabes, condenou: "este ataque perverso é
contrário aos princípios do Islã e à mensagem de seu profeta."
"Este é um horrível
crime cometido contra a humanidade, a liberdade de expressão, o Islã e os
muçulmanos", disse Ibrahim El Moallem, presidente da Dar El Shorouk, a
maior editora de livros árabe.
"É um ataque contra a civilização".
Presidente da IPA -
International Publishers Association e da Bloomsbury, Richard Charkin, disse
que "o ataque à Charlie Hebdo é um ataque aos valores fundamentais dos
editores: a liberdade de expressão, a liberdade de publicar e o direito de
criticar e polemizar.
A IPA apela a todos os editores, autores, jornalistas e
cartunistas que estejam juntos a defender esses valores. Somos todos Charlie
Hebdo".
Vincent Montagne,
presidente da Associação dos Editores Franceses SNE, disse que "estamos
profundamente chocados com o ataque assassino de hoje contra os autores,
jornalistas e cartunistas. Barbárie e fanatismo não terão a palavra
final".
Ola Wallin, presidente do
Comitê da Liberdade para Publicar do IPA, disse que "o assassinato de hoje
em Paris é um crime contra toda a indústria editorial.
Os trabalhadores da
Charlie Hebdo sacrificaram suas vidas pela liberdade de expressão".
O secretário-geral da IPA,
Jens Bammel, disse que "não devemos permitir que as minorias radicais
manchem a mensagem de todas as grandes religiões: de paz, compaixão, amor e
respeito.
Os sentimentos do mundo editorial estão com as vítimas de hoje e suas
famílias."
Nota aos Editores: A IPA -
International Publishers Association é a federação internacional de associações
de editores nacionais, representando todos os aspectos de publicação de livros
e revistas de todo o mundo.
A IPA é uma associação da indústria, com uma
premissa de direitos humanos. Ela luta contra a censura e promove direitos
autorais, alfabetização e liberdade de publicar, em todo o mundo.
post: Marcelo Ferla
*texto em tradução livre
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