Crônica da baixaria entre
Santana e Kenny Braga.
O jornalista Juremir
Machado da Silva – do jornal Correio do Povo e da Rádio Guaíba – postou ontem
(11) uma crônica que aborda a troca de farpas entre os radialistas Paulo
Sant´Anna e Kenny Braga.
O articulista começa sustentando não ficar feio falar
de problemas de jornalistas concorrentes. E por aí se vai.
Juremir também lança uma
pergunta: por que a RBS não demitiu os dois?
E traz a resposta do
imaginário popular: “porque Santana é gremista como a RBS; porque a indenização
de Santana seria muito alta; porque a corda sempre rebenta no lado mais fraco;
porque um tem as costas quentes e outro é um coitado…”.
Leia a íntegra do artigo
Crônica da Crônica da
baixaria entre Santana e Kenny Braga.
Reza a lenda que fica feio
falar de problemas de jornalistas de emissoras concorrentes.
Não acho.
Jamais escutei o programa
Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, por vontade própria. Sempre o achei o chato e
marcado pela arrogância, pela prepotência e pela baixaria.
Vez ou outra, num
lotação ou num táxi, ouvia alguns pedaços.
Nos últimos tempos, recebo
fragmentos por e-mail ou links para ouvir os piores momentos. Não mudei a minha
opinião. Baixaria pura.
Houve o tempo das
baixarias entre Paulo Santana e Ruy Carlos Ostermann. Era a briga da estupidez
com a simulação de elegância.
Teve a briga entre meu
amigo David Coimbra e o pretenso rei da cocada, o cada vez mais caricato Paulo
Santana.
E, agora, a briga do
insuportável Paulo Santana e do exasperado Kenny Braga.
Kenny, que me surpreendeu
com sua homofobia no caso do CTG de Santana do Livramento, começou criticando a
agressividade de Cacalo, o primitivamente passional ex-presidente do Grêmio, e
foi interrompido por Santana.
Kenny subiu o tom. Santana
reagiu:
– Vai gritar com a tua
mãe.
É grave. Gravíssimo. Noto,
porém, que as tietes do Santana tendem a achar que é menos grave do que a
resposta do Kenny:
– A tua mãe, fdp.
Essas duas falas
sintetizam a história do programa Sala de Redação: gritaria, arrogância e
baixaria.
Kenny, humilhado ao longo
dos anos, explodiu.
A história do Sala de Redação é a história do Paulo Santana
humilhando seus colegas baseado na sua amizade com os donos da casa e na sua
suposta relevância jornalística autoproclamada.
O palavrão de Kenny veio
em reação a uma fala de boteco de quinta categoria de Santana, o que fica claro
nesta resposta:
– Não vai botar a minha
mãe no meio. Esse cara é louco – diz Kenny.
Faz tempo que muita gente
pensa isso. A RBS criou, alimentou e continua a alimentar um monstro histriônico
de soberba.
Por que não demitiu os
dois?
No imaginário popular, a
resposta é: porque Santana é gremista como a RBS; porque a indenização de
Santana seria muito alta; porque a corda sempre rebenta no lado mais fraco;
porque um tem as costas quentes e outro é um coitado…
A situação foi provocada
pela grosseria de Paulo Santana, o intratável acostumado a pisotear colegas.
O inaceitável palavrão do
explosivo Kenny foi o último estouro do maltratado.
Construiu-se ao longo do
tempo a falsa ideia de que Santana era um gênio e Kenny um idiota.
Cheguei a ironizar que o
contrário seria mais verdadeiro.
Santana, de gênio, nada
tem. Provocado, usa as armas da violência rasteira por ter proteção.
Triste cenário do
fanatismo primário convertido em atração intelectual.
Caiu a casa. Caiu a
máscara.
Especula-se que o
ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, será contratado para o lugar
de Kenny.
O jornalismo só perde. Os
comentaristas de jornada são, cada vez mais, ex-jogadores com dificuldade para
falar.
Os comentaristas de arbitragem são ex-árbitros tatibitates.
Os
debatedores passam a ser ex-dirigentes medalhões.
Para os jornalistas,
salários minúsculos e demissões. Para os figurões, condições especiais e
bajulação.
Para quando o próximo
palavrão?
Impossível ignorar os
barracos do jornalismo gaúcho.
* * * * *
Ouça o audio do momento das ofensas recíprocas.
post: Marcelo Ferla
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