Ocupação artística
transforma praça em galeria de arte em Sorocaba.
Entre
18 de outubro e 16 de novembro a Praça Frei Baraúna será palco de intervenções
do Projeto Camada Superficial, promovido pela Oficina Cultural Grande Otelo.
A Oficina Cultural Grande
Otelo – unidade do programa da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo,
gerenciada pela POIESIS Instituto de apoio à Cultura, à Língua e à Literatura
– promove de 18/10 a 16/11, uma grande
exposição a céu aberto como resultado do Projeto de Interferências Artísticas
“Camada Superficial”.
Com a ocupação do Marco Zero da cidade com obras de cinco
artistas visuais, o projeto marca o esforço da unidade para expandir os espaços
expositivos para a arte contemporânea sorocabana. Com a atual sede em reforma,
a unidade continuará presente no local com uma proposta inédita para a praça e
a cidade.
O artista mexicano Héctor Zamora assina a curadoria do projeto que
conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Sorocaba e do SAAE – Serviço Autônomo
de Água e Esgoto.
A partir do mote “camada
superficial” – aquela que, por definição, tem maior interação com os elementos
externos do objeto –, o Projeto de Interferências Artísticas “Camada
Superficial” tem por objetivo ocupar a Praça Frei Baraúna, marco zero da
cidade, datada de 1889, como espaço representativo das transformações formais e
simbólicas pelas quais a sociedade sorocabana passou nas últimas décadas.
Para
tanto, Zamora convidou os artistas Fernando Limberger, Lais Myrrha e Wagner Malta
Tavares, o WMT. Os artistas sorocabanos Adriana Dias e Santiago Ribeiro foram
selecionados por meio de edital de chamamento para compor a exposição.
As intervenções artísticas
serão contrapostas a importantes edifícios e monumentos históricos, como o Obelisco
aos Combatentes da Força Expedicionária Brasileira, o Monumento ao Centenário
da Igreja Presbiteriana em Sorocaba e o prédio do antigo Fórum, que há vinte
anos é sede da Oficina Cultural Grande Otelo.
A artista visual Laís
Myrrha, por exemplo, ocupará um dos gramados da praça com a obra A parte que te
cabe.
Nele, a artista utilizará pedras para criar um grande memorial
temporário.
Entre os dias 16 e 17 de outubro, a artista contará com a
participação dos moradores da cidade para a inscrição de seus nomes nas peças
integrantes da obra. Os interessados devem enviar os nomes para o e-mail
camadasuperficial@oficinasculturais.org.br até a data da exposição.
Adriana Dias realizará uma
interferência-ação em desenho que será modificada pela artista por 21 dias
consecutivos.
Em Desenhos/Narrativas: Histórias e Ficções da Frei Baraúna serão
produzidos in loco desenhos em nanquim sobre voil que retomarão imagens de
alguns registros histórico-fotográficos da praça, bem como a tecitura de
histórias vividas e inventadas, que expostos sequencialmente em uma árvore da
praça –podendo justapor-se ou sobrepor-se, constituirão narrativas.
Segundo
Dias, “a ideia é produzir uma espécie de livro não paginado em que as folhas se
soltaram, e que podem se recompor por quem se dispuser a lê-los”, explica.
O Praça Plástica, trabalho
de Fernando Limberger, é uma intervenção de cores que ocupará de maneira
pontual toda a paisagem da praça.
A ideia é criar 15 círculos de cor, como
pontos de “imantação” e “ativação”, em diversos espaços da praça. Esses pontos poderão ser usados pelos
diferentes públicos que normalmente frequentam aquele ambiente como estímulos,
além de visuais, para atividades lúdicas variadas, de convívio e de celebração.
“Será uma maneira de reforçar uma característica que é inerente a qualquer
praça, que é de ser originalmente um lugar aglutinador de pessoas”, explica
Limberger.
Já a obra Resistência, de
Santiago Ribeiro, propõe uma reflexão profunda acerca dos problemas decorrentes
do desmatamento. Uma árvore verdadeira que foi alvo de queimada será replantada
na praça.
Com a imagem de um solo infértil e morto, em contraste com a brancura
das árvores replantada, o artista busca suscitar a mensagem de que a natureza
persiste, renasce e resiste – apesar de nós.
Trapézio, intervenção de
WMT, ocupará o centro da Praça Frei Baraúna junto ao Obelisco. Na abertura da
exposição do Camada Superficial, três bandeiras prateadas serão hasteadas ao
mesmo tempo ao som de composição do músico inglês contemporâneo Christian Marclay
– artista visual americano que explora conexões entre som, ruído, fotografia,
vídeo e cinema.
As bandeiras serão mantidas tremulando com compressores de ar
instalados à base do obelisco.
A Oficina Cultural Grande
Otelo é uma das 22 unidades das Oficinas Culturais do Estado que são
administradas pela POIESIS Instituto de apoio à Cultural, à Língua e à
Literatura.
Serviço:
Projeto de Interferências
Artísticas “Camada Superficial”
Curadoria: Héctor Zamora
Realização: Oficina
Cultural Grande Otelo
Apoio: Prefeitura
Municipal de Sorocaba e SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto
Local: Praça Frei Baraúna,
Centro, Sorocaba - SP
Data: de 18 de outubro a
16 de novembro
Evento gratuito
Oficina Cultural Grande
Otelo
Praça Frei Baraúna s/nº -
Centro - Cep: 18035-170 - Sorocaba/SP
Telefone: (15) 3224-3377 /
3232-9329 |
Funcionamento: Terça a
sexta-feira das 13h às 22h e Sábado das 9h às 18h
Twitter: @OficinaCultural
Marcelo Ferla
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