O corpo do imperador:
1972, a grande festa da ditadura militar.
Reportagem
visual: no período mais duro da repressão política, ditadura decidiu comemorar
o sesquicentenário da independência.
Joana
Monteleone
O Sesquicentenário foi uma
festa inventada pela ditadura militar brasileira para comemorar os 150 anos de
independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1972. Inventada porque nunca
se havia comemorado 150 anos de qualquer data cívica antes que o governo do
general Médici convocasse os brasileiros para uma festa patriótica de tamanha
magnitude. Embalado pela vitória do
Brasil na Copa de 1970, pelas pesquisas de opinião favoráveis ao governo e pelo
milagre econômico, a ditadura brasileira resolveu fazer uma festa cívica
jogando para escanteio os graves problemas políticos do país.
Assista à reportagem 'O
Corpo do Imperador'
Naquele ano, muitos
eventos giraram em torno das comemorações do Sesquicentenário, palavra difícil,
que entrou para o vocabulário de muita gente. Organizaram uma minicopa de
futebol na qual o Brasil convenientemente venceu Portugal por 1 a 0; fizeram
estudos, livros e congressos de historiadores; arrumaram uma espécie de
pré-inauguração do metrô de São Paulo e, mais importante do que tudo, trouxeram
de Portugal o corpo do imperador d. Pedro I, símbolo da independência do país.
Marcelo Ferla
fonte: Última Instância.
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