A Grande Guerra em cores -
A fotografia colorida na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Antes de mostrar as fotos
coloridas da Primeira Guerra, faremos um breve relato da evolução da Fotografia
Colorida:
As fotografias coloridas
existem desde o início da Fotografia, nos anos 1820-1830. As fotos tiradas eram
coloridas manualmente pelo próprio fotógrafo, no momento que ele revelava o
filme. Porém essa técnica não era perfeita, pois a tinta que o fotógrafo usava
sumia com o tempo. A primeira foto colorida definitivamente foi tirada pelo
físico James Clerck Maxwell, em 1861.
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Fotografia
colorida definitiva, tirada por Maxwell em 1861
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Porém, mesmo com os
experimentos de Maxwell e outros físicos na área da ótica e fotografia, o
primeiro filme colorido de fotografia, o Autocromo, só chegaria aos mercados no
ano de 1907.
Um dos principais nomes na
evolução da Fotografia Colorida é o russo Serguei Mihailovitch Prokúdin-Górski,
que nos anos 1910 desenvolveu sua própria técnica de fazer filmes Autocromos.
Na mesma década ele pediu ao Tzar Nicolau II um patrocínio à sua expedição pelo
Império Russo, para registrar tudo em fotografias coloridas. Seu trabalho foi
um sucesso, fazendo lindos registros da Rússia Imperial.
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Serguei
Gosrkí em 1912. Essa foto foi tirada com umas de suas máquinas fotográficas.
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Podemos ver, a partir dessa
pequena introdução, que na época da Primeira Guerra Mundial, já existiam meios
de se tirar fotos coloridas definitivas. Abaixo seguem essas fotos, tiradas
tanto nas trincheiras alemãs quanto nas trincheiras francesas, no Front
Ocidental:
As fotos francesas: Essas
fotos foram tiradas pelo fotógrafo Jules Gervais-Courtellemont, que acompanhou
as tropas francesas e os civis franceses na região de Rheims e Soissons, em
1917.
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Em
um dos raros períodos de folga, soldados franceses relaxam um pouco enquanto
seu companheiro ganha um corte de cabelo e barba. Floresta de Hirtzbach, 1917.
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Crianças francesas brincando em meio aos
escombros da cidade Rheims, 1917
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Membros da Cruz Vermelha francesa, Cidade de
Rheims, 1917
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Três
soldados franceses posando perto de um caminhão usado para transportar
suprimentos. Soissons, 1917.
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Soldados
franceses observam a "Terra de Ninguém", vigiando para que nenhum
movimento inimigo passe despercebido. Floresta de Hirtzbach, 1917.
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Um
trem francês é danificado depois de uma barragem de artilharia alemã. Soissons,
1917.
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As fotos alemãs: Todas as
fotos aqui foram tiradas pelo fotógrafo Hans Hildenbrand. Ele acompanhou as
tropas alemãs na Região de Champagne, de Junho de 1915 até Janeiro de 1916.
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Oficiais
alemãs discutindo próximas ações de combate. Região de Champagne,1915-1916.
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Foto
tirada do topo da Colina Hartmannsweiler Kopf. Quando Hildenbrand foi
fotografas as tropas alemãs no verão de 1916, ele ficou com estas tropas,
posicionadas nesse morro estratégico na região
da Alsácia por mais de 1 ano.
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Alemães conversando, em um dos raros momentos
de intervalo entre a troca de tiros com as tropas francesas. Região de
Champagne,1915-1916.
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O
Inverno de 1916-1917 na região da Alsácia
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Uma das coisas mais impactantes sobre o
trabalho fotográfico de Hildenbrand era como ele, livremente, registrou a
destruição da guerra. Durante a Segunda Guerra Mundial, nenhum dos lados
conflitantes deixaria seus fotógrafos tão livres quanto os alemães deixaram Hildenbrand.
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Equipe
de metralhadora pesada alemã. Região de Champagne, 1916.
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Fontes:
A Fotografia - Entre documentos e a Arte Contemporânea, por André Rouillé
Matheus Santos da Silveira
Professor de História
formado pela PUCPR
Especialista em História
Contemporânea e Relações Internacionais, pela PUCPR
post: Marcelo Ferla
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