Ela descobriu
que teria pouco tempo de vida, e gastou tudo o que tinha viajando
por Jaque Barbosa
@jaksbarbosa
Se hoje você recebesse um diagnóstico dizendo que só teria
18 meses de vida – como escolheria passar esses tempo?
Com 37 anos, Lisa Russell descobriu que tinha um câncer
terminal no pulmão que não poderia ser operado, e que era mortal de 94% dos
casos – mas que, com quimioterapia, ela poderia viver mais 18 meses. Diante
desse fato, Lisa tomou uma escolha: ela e sua família passariam o melhor ano de
suas vidas viajando.
Segundo entrevista dada ao site Daily Mail, o maior medo de
Lisa era que suas filhas – na época com 8 e 13 anos – não tivessem memórias
dela, já que Lisa tinha perdido os pais muito jovem, e acabou sendo criada
pelos irmãos. Ela não queria que essa situação se repetisse, então decidiu
proporcionar a maior quantidade de boa memórias para suas filhas. Junto com seu
marido Anthony, eles gastaram toda a reserva de dinheiro que tinham em viagens,
o que significou aproximadamente 7 mil reais em um feriado em Lanzarote, 10 mil
em alguns dias na Bulgária, e 21 mil em uma viagem de luxo para a Turquia.
Depois, eles decidiram se casar novamente – dessa vez, com
as filhas assistindo ao pedido de casamento feito pelo pai. Gastaram
aproximadamente 13 mil reais na cerimônia. E, dessa vez levaram as filhas junto
na lua de mel.
Passados algum tempo, e com mais uma confirmação do
diagnóstico de que ela somente teria mais alguns meses de vida, eles
continuaram fazendo mais viagens.
O dinheiro foi ficando apertado, principalmente pelo fato de
que ela não estava podendo trabalhar e ajudar com as contas. O que ela pensava
disso? “Você não pensa em dinheiro quando você está morrendo. O que mais quer é
passar tempo com a sua família. Eu não queria que os últimos momentos deles
fossem no hospital. Queria que fossem momentos felizes, sem preocupação.”
Isso no entanto não impediu que Lisa escrevesse cartas de
despedida para as filhas, pedindo que elas só fossem abertas e lidas depois de
sua morte.
No entanto, o que ninguém esperava, é que a história iria
ter uma reviravolta – já passado os 18 meses de vida previsto pelos médicos,
ela foi fazer mais um exame, e os médicos disseram que o tumor tinha diminuído
tanto que eles mal o podiam enxergar. Ninguém soube explicar direito como isso
aconteceu, todos no Christie Hospital ficaram surpresos.
Sobre ter gastado todas as economias? “Eu não me arrependo
do que fizemos. Saber que eu ia morrer me ensinou o quão curta a vida pode ser
– e que ela precisa ser bem vivida.”
Essa história é mais uma daquelas que sempre traz uma
reflexão – a gente passa a vida toda achando que somos imortais, mas nos
esquecemos que a vida é por um triz. E será preciso mesmo um diagnóstico
dizendo que temos pouco tempo de vida, para começarmos a aproveitar
verdadeiramente nossos dias? E, nessas horas – qual a importância real do
dinheiro e dos bens materiais? O que vale mais no final das contas? É uma coisa
a se pensar, enquanto há tempo.
via Daily Mail
post: Marcelo Ferla
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