- a primeira de hoje vem diretamente do Estado do Ceará, onde o ilustríssimo governador Cid Gomes (PSB), fechou um contrato salgado de R$ 3,4 milhões com um serviço de bufê incluindo pratos como caviar, lagosta e escargot.
Depois de ser severamente criticado, o governador rebateu, decidindo que retiraria todos os pratos "exóticos" do cardápio do milionário bufê e serviria tão somente comida de nosso país. A polêmica ficou conhecida como "farra do caviar" e provocou, via redes sociais, a indignação da população, que sairá no próximo sábado as ruas em um manifesto intitulado "Cadê meu caviar? Buchada no Palácio" que ocorrerá no próximo sábado;
- como se já não bastassem os acontecimentos atuais que vem ocorrendo em todo o país, o governo, de um modo geral, dá mais um passo em falso e comete, a meu ver, uma verdadeira gafe educacional, ao querer extinguir as Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
Em nosso território, são mais de 2.500 escolas que atendem, aproximadamente, em torno de 250 mil alunos com estas características O fato de retirar a oportunidade destas crianças de terem um lugar onde as mesmas se sintam bem, estando com quem gostam e aprendendo a seu modo e tempo, extinguindo estes locais e as jogando no ensino regular é tão injusto e vergonhoso quanto retirar o direito e o acesso a educação de uma criança em nosso país. Espero com toda sinceridade que tal ato abominável tenha sido tão somente um mal entendido e que os governantes deste país tomem providências para a melhor de nosso ensino a todos, sem exceções e não fique agindo no sentido de destruir ou denegrir mais ainda este com pensamentos desta natureza;
- Haja sujeira!
O Ministério Público descobriu que a Câmara Municipal de
Juazeiro do Norte, no Ceará, comprou 33 mil esponjas de aço, 4.200 vassouras,
2.500 quilos de sabão, 2.500 caixas de fósforo, 1.400 litros de água sanitária
e 1.200 quilos de açúcar. Para completar a lista, a despesa incluiu também a
aquisição de 312 unidades de óleo de peroba.
O material seria destinado para uso na sede do Poder
Legislativo local, que tem apenas 21 vereadores e, no início deste ano, tentou
reduzir o salário dos professores. A Câmara faz apenas duas sessões por semana.
- Não precisa de vassoura para varrer? Então, se precisa de
vassoura, é para ser comprada - se explicou o presidente da Câmara, Antônio de
Lunga (PSC).
Todo o material está guardado em um prédio particular, a
cerca de quatro quilômetros da sede legislativa de Juazeiro do Norte.
Quando passam nas ruas da cidade, os vereadores são
interpelados pelo povo: "Caras de pau, Cadê as vassouras? Cadê o
sabão?";
- Para fechar com chave de ouro, literalmente, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comprou
uma nova casa na área mais nobre de Brasília, por R$ 2 milhões. Metade do
pagamento foi acertado por meio de um contrato particular firmado com o
empresário Hugo Soares Júnior, construtor de Brasília.
O imóvel custa no mercado ao menos 50% mais do que o
registrado na escritura do negócio - segundo avaliam corretores. As informações
são do jornal O Estado de S. Paulo.
Renan afirma ter fechado com o empreiteiro um contrato
paralelo, que prevê o pagamento de R$ 240 mil à vista, como sinal, e de mais R$
760 mil diluídos em cinco parcelas semestrais de R$ 152 mil cada uma.
Em 2010, Renan declarou ao TSE patrimônio de R$ 2,1 milhões,
composto por um apartamento e uma casa em Alagoas, uma caminhonete e quotas da
Sociedade Agropecuária Alagoas, que pertence à sua família. O saldo em contas
correntes, à época, não passava de R$ 3,3 mil.
Agora, para fazer o negócio, o senador informou à Caixa
Federal - que financia o R$ 1 milhão restante do valor do imóvel - ter renda
mensal bruta de R$ 51.723 - o salário de senador é de R$ 26,5 mil.
Questionado sobre como pagará as prestações semestrais de R$
152 mil ao empreiteiro, além das parcelas devidas à CEF, Renan alegou que a
renda informada, fonte dos recursos para a compra, é proveniente de atividades
"pública e privada".
Ele não vendeu nenhum dos imóveis que já possuía para
adquirir a casa. Além do "contrato particular" com o empreiteiro, o
negócio envolve financiamento de 22 anos com a Caixa.
A prestação inicial, apenas a devida ao banco, é de R$
13.299,62.
Sorte dos que... podem!
Marcelo Ferla
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