Poluição
do ar é relacionada com alterações no coração
Pesquisadores britânicos
constataram um aumento no tamanho da estrutura cardíaca de quem é exposto a
altas concentrações de partículas poluentes
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EMISSÃO DE PARTÍCULAS
POLUENTES ESTÁ RELACIONADA A MUDANÇAS CARDÍACAS (FOTO: PIXABAY)
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Os impactos causados pela
poluição do ar na saúde humana não estão restritos a doenças respiratórias: de
acordo com pesquisa conduzida por cientistas da Queen Mary University de
Londres, foi constatado que a exposição do organismo ao dióxido de nitrogênio e
a outras partículas poluentes é responsável por um aumento de duas estruturas
cardíacas — os ventrículos esquerdo e direito.
Localizados na parte
inferior do coração, os ventrículos são responsáveis por bombear o sangue para
a artéria aorta (no caso do ventrículo esquerdo) e para a artéria pulmonar
(função realizada pelo ventrículo direito).
Para chegar à conclusão, os
pesquisadores analisaram 4 mil voluntários britânicos com idades entre 40 e 69
anos que não tinham histórico de doenças cardiovasculares.
De acordo com os
resultados, os indivíduos expostos a níveis mais elevados de partículas
poluentes tinham ventrículos com maior volume em comparação com as pessoas que
moravam em regiões não tão poluídas.
O doutor Nay Aung, que
liderou a pesquisa, afirma que as alterações na estrutura cardíaca são
pequenas, mas não podem ser descartadas.
Combinado a outros fatores, como
características genéticas, hábitos alimentares e estresse, o aumento dos
ventrículos poderia levar a um quadro de insuficiência cardíaca.
Em 2017, um estudo publicado
pela Aliança Global de Saúde e Poluição afirma que a poluição é uma das maiores
ameaças à humanidade na atualidade.
De acordo com a pesquisa, em 2015 cerca de
nove milhões de pessoas tiveram morte prematura relacionada à poluição, seja do
ar, da água ou do solo.
O número representa 16% de todas as mortes, ou um a
cada cinco óbitos.
As doenças causam perdas de
produtividade, que em países de renda média e baixa representa uma redução de
até 2% do PIB.
Nos países ricos, 1,7% dos gastos são para o tratamento de
doenças em decorrência da poluição.
O número sobe para 7% nos países de renda
média com rápido desenvolvimento.
No mundo são gastos US$ 4,6 trilhões, ou 6,2%
de toda renda mundial com tratamentos ligados a doenças causadas pela poluição.
post: Marcelo Ferla
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