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sábado, 21 de julho de 2018

'Ilha dos Cachorros' tem visual impecável, mas é um dos piores filmes de Wes Anderson;


'Ilha dos Cachorros' tem visual impecável, mas é um dos piores filmes de Wes Anderson; 

Diretor americano de 'O Grande Hotel Budapeste' lança sua segunda animação no Brasil
Por Braulio Lorentz, G1

Visualmente, "Ilha dos Cachorros" é impecável. 
Quem quiser encontrar beleza no lixão e em briga de cachorro com tique nervoso vai se esbaldar.
Filme do Wes Anderson é assim mesmo: detalhismo e rigor fazem parte de uma filmografia que chegou ao auge com "O Grande Hotel Budapeste", de 2014.
Mas e a história? 
Qual o impacto pós-sessão? 
Uma metáfora canina óbvia resume: "Ilha dos Cachorros" é daqueles que latem sem parar, mas não dão sequer uma boa mordidinha.
Temas como xenofobia, polarização e militarização são empilhados na trama, mas são quase nada desenvolvidos. 
A parte boa do roteiro é fazer rir com uma sacada atrás da outra.
Uma personagem ativista chamada Yoko Ono é dublada pela Yoko Ono, a maioria das falas em japonês não tem tradução e por aí vai.
'Ilha dos Cachorros' é a nova animação do diretor Wes Anderson (Foto: Divulgação)


Quem é fã, claro, vai encontrar tudo o que fez o diretor americano de 49 anos ser cultuado:
  • Homenagens bem claras (desta vez, à cultura japonesa, do filme "Os Sete Samurais" ao animador Hayao Miyazaki);
  • Humor non-sense e cheio de silêncios, com personagens excêntricos;
  • Movimentos de câmeras bruscos e muitos closes em expressões faciais;
  • Tudo no cinema dele segue simétrico e, aos metódicos, reconfortante;
  • Na trama, o prefeito de Megasaki resolve banir todos os cães dessa cidade fictífica japonesa. Tirânico e fã de gatos, ele envia os cachorros para uma ilha cheia de lixo. Segundo ele, o objetivo é evitar que o surto de gripe canina prejudique os humanos.

O sobrinho órfão do político não gosta da ideia de perder seu animal de estimação. 
Então, o garoto de 12 anos sai em busca de seu cachorro Spots, acompanhado de outros cães da ilha.
A animação é feita em stop-motion, na qual cada personagem é fotografado quadro a quadro e depois todas as imagens são mostradas em sequência para dar a ideia de movimento.
É a segunda vez que Anderson usa a técnica, após o formidável "O Fantástico Sr. Raposo", de 2009. 
Outra coisa em comum é a trilha, de novo composta por Alexandre Desplat, francês ganhador do Oscar por "A Forma da Água" e "O Grande Hotel Budapeste".
Saudades "Grande Hotel", certamente o melhor na carreira de Anderson. 
Por outro lado, quem procura um pouco mais de profundidade vai botar "Ilha dos Cachorros" na parte de baixo. 
Cena da animação 'Ilha dos Cachorros' (Foto: Divulgação)
post: Marcelo Ferla

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