Johnny
Depp teria perdido quase toda a sua fortuna de US$ 650 milhões
Por João Vitor
Figueira
A revista Rolling Stone
publicou uma matéria sobre os problemas legais e financeiros do ator de 55 anos
de idade.
Entretanto, o verdadeiro fiasco de Depp
aparenta estar em sua vida pessoal, por trás dos holofotes de Hollywood.
A situação do astro em
decadência foi analisada por uma extensa matéria publicada na revista Rolling Stone sobre os problemas pessoais, financeiros e judiciais do ator.
Estima-se
que o intérprete três vezes indicado ao Oscar tenha alcançado um patrimônio de
US$ 650 milhões, um montante impressionante, considerando que os filmes nos
quais atuou faturaram uma receita somada de US$ 3,6 bilhões.
Entretanto, a
fortuna do ator e músico se perdeu "quase por inteiro", garante a
reportagem.
Depp está processando The Management
Group, empresa que gerenciava suas finanças e usou a matéria da Rolling Stone
para expor as questões incômodas do trâmite judicial.
O ator acusa a TMG, que
pertence ao seu ex-empresário, Joel Mandel, e ao irmão dele, Robert, de tê-lo
lesado financeiramente.
Entre as acusações do ator estão negligência, fraude e
violação de dever fiduciário.
O ator alega que a TMG fazia
transações com o seu dinheiro sem o seu conhecimento, como quando a empresa
cedeu US$ 7 milhões para Christi Dembrowski, irmã do ator, e US$ 750 mil para
Nathan Holmes, assistente dela.
O processo movido por Depp afirma ainda que a
TMG fez investimentos com seu dinheiro do ator movida por objetivos
particulares e pede US$ 25 milhões da companhia, que, alegadamente teria levado
"dezenas de milhões de dólares" das contas do artista.
A TMG, por sua vez, está
processando Depp de volta, afirmando que o ator é um gastador compulsivo que
chega a torrar US$ 2 milhões por mês, o que explicaria a derrocada de sua
situação financeira.
À Rolling Stone, representantes dos irmãos Mandel contaram
que os empresários tinham a impressão de que Depp "dava a sua carteira
para um pré-adolescente com transtorno do déficit de atenção com
hiperatividade" pela forma como o ator gastava seu dinheiro.
Segundo a
matéria, o ator usou US$ 75 milhões comprando 14 residências.
Com um trocado, apenas US$ 7 mil,
Depp fez um mimo para a sua filha e comprou um sofá que aparece no reality show
Keeping Up With the Kardashians.
Seu patrimônio inclui 70 guitarras, 200 obras
de arte (com peças de artistas como Basquiat e Warhol), 45 veículos de luxo e
um gasto mensal de US$ 200 com viagens aéreas particulares.
Para a TMG, Depp é
um "mimado que não controla impulsos".
Quando a reportagem pede que
Depp comente sua situação legal e financeira, o ator é evasivo, como se
houvesse alguém conspirando contra ele.
"Eu sou apenas uma pequena parte
disso.
Eu não vi o filme nem entendi o roteiro, mas isso é
o que é", disse.
Depp diz que não costumava ler os contratos e transações
que assinava quando seus empresários e gerentes o procuravam pois eram pessoas
de sua confiança.
"Agora eu leio tudo que assino", ponderou o ator.
Na matéria, Depp também
falou sobre outro nome de Hollywood que viveu uma derrocada recente, o infame
produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio e estupro por dezenas de
mulheres.
Para o ator, Weinstein era "um valentão" que sabotou seu
filme Homem Morto, lançado em 1995, e distribuído pela Miramax.
O motivo teria
sido o fato do diretor Jim Jarmusch ter se recusado a dar o controle do corte
final do filme para Weinstein.
Na conversa com a Rolling
Stone, Depp não abordou o tema do divórcio com a atriz Amber Heard, que o
acusou de agressão antes de firmar um acordo em US$ 7 milhões (que ela doou
para a caridade) que os impede de falar sobre o assunto.
A conturbada separação
que ocorreu em 2016 foi marcada por uma foto de Heard com hematomas no rosto e
um vídeo de Depp descontrolado e agindo de forma violenta com sua ex-esposa.
Um
amigo da atriz chegou a escrever em um blog que ela teria, em ocasiões
diferentes, recebido chutes, empurrões e um soco.
Depp nega.
post: Marcelo Ferla
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