Peppa
Pig' é censurada em site chinês e acusada de subversão
Pelo menos 30 mil episódios
da animação foram retirados da popular plataforma de vídeo Douyin, e a hashtag
#PeppaPig foi proibida, segundo jornal.
Por France Presse
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Animação infantil
'Peppa Pig' foi censurada na China (Foto: Reprodução)
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A animação britânica
"Peppa Pig" foi censurada em um site de vídeos da China, enquanto
vários meios de comunicação estatais criticaram o "vício" do público
infantil e a transformação da personagem num ícone "subversivo" da juventude
ociosa.
Pelo menos 30 mil episódios
de "Peppa Pig", cuja heroína é uma porquinha rosa travessa, foram
retirados da popular plataforma de vídeo Douyin, e a hashtag #PeppaPig foi
proibida, informou na segunda-feira o jornal oficial "Global Times".
De acordo com um documento
citado pelo jornal, o desenho da BBC faz parte de uma lista de conteúdos
censurados pela Douyin.
Sucesso e polêmica na China
"Peppa Pig" chegou
à China nos anos 2000 e tornou-se tremendamente popular graças aos capítulos
dublados em mandarim.
A febre cresceu no final de
2017 entre um público de jovens adultos, com a multiplicação de selfies de
internautas (incluindo algumas estrelas) com adesivos de "Peppa Pig".
Objetos derivados da série, como xícaras, relógios ou roupas, também fizeram
sucesso.
O Diário do Povo, porta-voz
do Partido Comunista no poder, denunciou na semana passada os efeitos perversos
de uma "comercialização" de Peppa Pig, que as estrelas da rede
mostram até a saciedade.
O "Global Times"
também se referiu a esse "vício" das crianças, que leva algumas a
"rosnar e pular em poças d'água".
Outro lado obscuro do
sucesso de "Peppa Pig": a disseminação de episódios falsos, memes e
paródias de humor negro ou diretamente pornográficas, denunciou o "Global
Times" em janeiro.
O mesmo jornal insistiu
nessa ideia na segunda-feira (30), dizendo que a porquinha inocente
"tornou-se um ícone da subcultura de uma juventude muitas vezes mal
educada, sem trabalho estável e ociosa".
"Peppa Pig"
"tomou um rumo subversivo e sua popularidade viral ilustra uma sede de
novidade e sátira que pode prejudicar a moral da sociedade", aponta o
"Global Times".
post: Marcelo Ferla
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