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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
E se uma das inventoras do Rock tiver sido uma mulher negra dos anos 1940?
E se uma das inventoras do
Rock tiver sido uma mulher negra dos anos 1940?
por Vitor Paiva
A história oficial diz que
em meados dos anos 1950 o R&B negro entrou em colisão com o country branco
nos EUA, e assim nasceu o Rock n’ Roll que, pela voz e quadris de Elvis, pode
levar a força da música negra para os lares das famílias brancas, e assim se
tornar verdadeiramente popular – levando a família tradicional à loucura.
Todos esses fatos são
verdade.
O Rock, no entanto, para além de seu título, naquilo que ele tem de
essencial, já existia, e há décadas.
A verdade é que não é possível apontar um
inventor somente, mas uma das mais pioneiras e radicais vozes desse som foi uma
mulher negra – o que justifica muito provavelmente a razão dela ser tão pouco
mencionada nessa história.
Sister Rosetta Tharpe é
uma guitarrista de rock em todos os sentidos possíveis dessa nomenclatura – e
das melhores; mais pungentes e cheias de atitude.
O agravante, no entanto, é
que sua música se tornou popular nos EUA nos anos 1940 – quase 20 anos antes do
surgimento oficial do Rock.
Estava tudo lá: a atitude
profundidade na voz e na interpretação, o ritmo sincopado, veloz e dançante, a
mistura de estilos, os solos estalados, a sonoridade de guitarra, os riffs, e
até os instrumento propriamente, em modelos mais rock n’ roll impossíveis.
Sister Rosetta Tharpe é
uma das criadoras da música do século XX, e merece mais do que alguns
parágrafos.
Ainda que seja sempre lembrada indiretamente como uma espécie de
madrinha do Rock, não há motivos concretos para não vê-la como uma das
inventoras diretas desse estilo.
É evidente que ser mulher não ajudou nesse
reconhecimento, mas acima das justificativas estão os fatos.
Ou melhor: o som.
Basta ouvir para entender que muitas das raízes do que amamos e nos arrepiamos
com o Rock estava lá.
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