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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

As meninas skatistas do Afeganistão.


Em imagens: As meninas skatistas do Afeganistão.
Fiona Macdonald
Da BBC Culture 


Quando a fotógrafa britânica Jessica Fulford-Dobson visitou Cabul, no Afeganistão, pela primeira vez, em 2013, logo notou dois fortes aromas no ar: “as rosas, que vivem muito bem naquele clima, e o asfalto, já que os trabalhos de recapeamento das ruas estava a pleno vapor”.
E foi no asfalto que Fulford-Dobson encontrou um surpreendente grupo de meninas que estão aprendendo a andar de skate – em um país onde até a bicicleta é considerado um tabu para as mulheres.

As garotas são objeto de um ensaio em um recém-lançado livro, Skate Girls of Kabul (“As Skatistas de Cabul”, em tradução literal). 
(Todas as fotos foram cedidas por Jessica Fulford-Dobson)

Pé firme


Na introdução do livro, a fotógrafa escreve: 
“É fácil achar que meninas afegãs andando de skate representam um estranho choque de culturas. 
Mas quando você vê essas garotas com suas belas roupas coloridas e esvoaçantes cruzando a pista de skate, rindo e vibrando, nossos preconceitos caem por chão”.
“Mas, assim como qualquer menina no mundo, se elas têm a chance de fazer algo que amam, começam a descobrir suas próprias personalidades e estilos”, afirma Fulford-Dobson.


A ONG afegã Skateistan começou com um projeto pequeno em 2007 e hoje ensina o esporte para mais de 1,2 mil crianças toda semana.
“Uma coisa impressionante do skate é que ele demonstra o quanto essas garotas são firmes e resilientes”, diz a fotógrafa. 
“Elas se jogam com uma coragem incontrolável e quando caem, levantam-se e voltam para o fim da fila para tentar a manobra de novo.”
Para ela, o skate está mostrando a força, o entusiasmo e o otimismo das jovens afegãs de hoje.


Como Fulford-Dobson visitou Cabul sozinha, conseguiu conquistar a confiança das garotas.
“Passei algumas semanas com elas e, mesmo tendo que me comunicar através de um intérprete, comecei a perceber a personalidade de cada uma – inclusive pela maneira como elas andam de skate”, conta.

Pose premiada


Esta foto ganhou o segundo lugar em um concurso realizado pela National Portrait Gallery, de Londres, em 2014.
Para registrar a imagem, Fulford-Dobson conta que deixou a menina, de 7 anos, encontrar sozinha a pose em que se sentia mais confortável.
“Esta foi a última foto que fiz dela, antes de ela sair correndo para a escola. 
Mesmo parecendo tranquila, ela estava mesmo com muita pressa”, revela.
“O que mais gosto neste retrato é a segurança que a menina transmite com seu olhar firme.”
Apesar do ritmo frenético das meninas e da pista de skate, muitos dos retratos transmitem calma.
“Notei esta menina por causa das cores que ela estava usando. 
E, pela a maneira tão bonita e natural como ela amarrou seu véu, é possível notar que ela tem um sentido nato de graciosidade”, elogia a fotógrafa.
Apesar do look parecido a um ensaio de moda, Fulford-Dobson conta que não produziu nada e que as garotas usavam suas próprias roupas.

Base para mudanças


A fotógrafa teve que usar um espaço restrito para registrar as garotas, mas acredita que isso deu energia às imagens.
“Quando você vê os retratos em sequência, é bonito observar tantas personagens diferentes refletidas em suas posturas e suas roupas”, afirma. 
“Usei apenas luz natural.”
A Skateistan leva crianças vulneráveis ao sistema escolar – mais da metade de seus alunos trabalha nas ruas. 


post: Marcelo Ferla

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