Fábrica de filhotes: Veja
como os criadores clandestinos tratam os cães reprodutores.
Quando
vemos o animal no pet shop dá logo vontade de te-lo.
Mas o que muitas pessoas
nem imaginam é o que tem por trás de uma "fábrica de filhotes”.
A maioria
dos amantes de defensores de cães já sabem das condições horríveis que as
criações não-regulamentadas mantém seus reprodutores e filhotes.
Mas,
geralmente, as pessoas não fazem ideia dos absurdos.
Geralmente, não existe
nenhum descanso para as fêmeas, elas cruzam e engravidam durante praticamente
todos os cios.
Tanto fêmeas quanto machos reprodutores são confinados em canis
sem qualquer socialização com humanos e muitas vezes sem cuidados com a saúde,
limitando-se ao direito de ter ração, água e suplementos vitamínicos para que
não atrapalhe o ciclo reprodutivo.
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Casal
de pitbulls cruzando. A fêmea é presa em um suporte improvisado e forçada a
aceitar a cópula. Foto: Reprodução/perros.
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Além disso, se quer
controlam os desvios comportamentais.
Por exemplo: os Rottweilers não são cães
agressivos.
Mas, por um desvio genético, pode nascer um cão agressivo.
Um
criador inexperiente pode cruzar este cão que está fora do padrão
comportamental da raça e gerar filhotes super agressivos, dando origem a uma
cadeia de Rottweilers agressivos: o que está longe de ser o padrão da raça.
A maioria dos pet shops
que comercializam cães, os obtém através destas "fabricas de filhotes”,
que resultam em animais sem qualquer cuidado de criação.
Os problemas mais
comuns são as reações neurológicas por serem animais que nunca conviveram com humanos
e muito menos tiveram contato com a mãe.
O recomendado é que um filhote fique
com a mãe até 70 dias após o nascimento, mas tais criadores nunca permitem este
contato por tanto tempo.
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Um
homem segurando um casal de bulldog para o acasalamento. (Foto: Reprodução/celticpride).
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Ainda falando de saúde, os
cães vindos dos criadores de fundo de quintal, costumam desenvolver displasia
de quadril, aquela doença em que o cão não consegue mover corretamente o
quadril e pode desenvolver, com o tempo, paralisia nas patas traseiras.
Essa
doença é genética e se um cão sofre do problema ele nunca deve ser cruzado pois
os filhotes podem nascer com a doença.
Mas não é isso que acontece!
A forma como estes animais
vem ao mundo é assustadora.
Para reprodução, a fêmea é presa em um suporte com
correias apertando seu corpo para que ela aceite (querendo ou não) que o macho
a fecunde.
Um funcionário fica ali, pressionando para que a cópula aconteça e
quando a fêmea fica arredia (as fêmeas às vezes não querem copular com um macho
específico por algum motivo) ela é forçada a isso com repressão física.
Com o
término do processo, o casal é separado e a fêmea passa toda a gestação (se
acontecer) confinada em um canil sem qualquer socialização.
E depois do parto,
no próximo cio, ela passará por tudo de novo!
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Um
dos modelos de suporte para acasalamento, onde a fêmea fica presa. Ao que
parece isso é bastante comum entre os criadores e existem lojas especializadas
na construção deste suporte (Foto: Reprodução/utahbullynews).
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Uma coisa que muita gente
nem imagina, é que quando os pet shops oferecem uma garantia de que você pode
devolver o cão se o mesmo apresentar problemas, em caso de devolução o animal
é, geralmente, assassinado (isso mesmo, morto), já que geralmente são
devolvidos por problemas graves comportamentais ou de saúde.
A melhor forma de
ter tutelar cãozinho é fazendo uma adoção ou resgatando animais em situação de
abandono que aguardam ansiosamente por novas vidas e novos lares.
post: Marcelo Ferla
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