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domingo, 4 de setembro de 2016
Uma história inacabada, o caso Rubens Paiva.
Uma história inacabada, o
caso Rubens Paiva
02/03/2012
A ditadura militar acabou
há 27 anos, mas o Brasil ainda não tem resposta a uma pergunta simples: o que
aconteceu com os desaparecidos políticos?
Até hoje, as famílias convivem com o
luto em suspenso nessa história inacabada.
No programa especial que
pode ser visto abaixo, que fiz para a GloboNews, com o jornalista Cláudio
Renato, falamos dos desaparecidos políticos, do caso Rubens Paiva, da Comissão
da Verdade.
No dia 20 de janeiro de
1971, feriado no Rio, Rubens Paiva, deputado cassado pela ditadura, foi
capturado pelos miltares.
Rubens é um dos 183 desaparecidos políticos cujo
paradeiro a Comissão Nacional da Verdade quer investigar.
A Procuradoria da Justiça Militar
do Rio e Espírito Santo reabriu 39 casos de desaparecidos políticos, começando
pelo de Rubens Paiva.
Os militares sempre disseram que a Lei de Anistia encerrou
todos os casos que aconteceram antes de 1979, mas o promotor da Justiça Militar
Otávio Bravo encontrou um novo caminho que derruba essa tese de que tudo foi
encerrado.
Nessa reportagem especial
também conversei com os filhos de Rubens Paiva. Eliana Paiva, uma delas, que
falou pela primeira vez, contou como foi o dia em que os militares a levaram
presa para o DOI-Codi. Ela tinha 15 anos.
Em breve começará a
funcionar a Comissão da Verdade, que quer investigar a violência de Estado.
Mas
o tema divide opiniões. Para os militares que são contra essa comissão, o que
houve à época foi uma guerra contra os que queriam, segundo eles, implantar uma
ditadura comunista no Brasil.
Um deles é o general Luiz
Eduardo Rocha Paiva, ex-secretário-geral do Exército.
Para os que são a favor da
Comissão, os que lutaram, inclusive com armas, queriam derrubar a ditadura.
Para esse programa
especial, também conversei com a ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria
Nacional de Direitos Humanos, e com José Genoíno, indicado pelo Ministério da
Defesa.
Hoje, a maioria dos
brasileiros tem menos de 40 anos, ou seja, não tinha nascido quando tudo isso
aconteceu.
Mas o Brasil foi o único país da América Latina que não providenciou
a investigação de casos cometidos na ditadura.
Essas histórias precisam de um
final.
Blog: Antes de os amigos(as) verem ou reverem este verdadeiro trabalho monumental de Miriam Leitão, gostaria de registrar que deparei-me com este material, inicialmente, em decorrência do que li e postei aqui sobre o caso pessoal da jornalista Miriam Leitão. Assisti ao mesmo no canal no Youtube de Paulo Angotti. Faço registro disto por um motivo interessante, um acontecimento o qual me chamou por demais atenção. No canal de Paulo, assim encontra-se escrito pelo próprio: "Publicado em 6 de mar de
2012
Uma história inacabada, o
caso Rubens Paiva
(Em virtude das agressões
nos comentários, me vejo obrigado a impedir que eles ocorram).
Os comentários estão
desativados para este vídeo.", destaque do blogueiro.
Vejam todos que em pleno séc.XXI o Youtuber teve que desativar os comentários em decorrência de "Ofensas", sim ofensas, vejam vocês, sobre assunto que trata diretamente de um momento histórico que não deve e não pode ser esquecido jamais.
Trata-se de uma verdadeira barbaridade abominável por parte daqueles que ofenderam e ainda ofendem este tipo de material, da mesma forma aqueles que os fazem, bem como os interessados como eu, pelo assunto e por motivos de maior, se possível total esclarecimentos do que ocorreu neste período negro de nossa história recente.
Isso é inadmissível sobre qualquer óptica.
Veja abaixo a reportagem, vencedora do Prêmio Vladimir Herzog de 2012:
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