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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

05 de Novembro.

05 de Novembro.
Estou publicando novamente este texto pelo fato de ser um megapower fã do personagem V for Vendetta. Vocês devem ter notado malandrinhos.
Na época o publiquei com a preocupação de que as pessoas que estavam usando máscaras mil do personagem V nas manifestações de junho me preocupavam, tudo por conta do fato de o uso destas estar sendo feita por pessoas em prol do vandalismo e não de anarquistas na pureza do que é o anarquismo, como o personagem, e nem tão pouco algo inteligente como o mesmo V o é, se é que estes queriam ou querem se tornar ou são anarquistas. Acho muito difícil.
Admiro pra caralho o personagem, sou viciadão em quadrinhos em cultura alternativa, coisas diferentes, ai fica por conta de vocês, rótulos, sabem como é.
Desta forma posso dizer com conhecimento de causa que a máscara foi vista milhares de vezes por pessoas que se achavam incorporadas pelo espírito do personagem, só que não. V não é e muito menos as pessoas que detonavam a cidade, lojas e depredavam patrimônio público foram bons atores e representantes do personagem. A coisa não fechou. Deu tudo errado.
Por admirá-los, não poderia ser diferente, concordo com algumas ideias dos meus ídolos como diretores os irmãos Wachowski’s, mesmos diretores da saga Matrix e ultrafukers directors que são, sim, os diretores de V for Vendetta.
Na minha humilde concepção a ideia de revolta e de destruição de um poder autoritário ou ditatorial retratado em V for Vendetta cai muito bem na forma como penso em relação a muitas coisas que posto aqui e escrevo em forma de manifesto e de insatisfação como ser deste planeta que vivemos.
Algumas ou talvez todas, pouco me importa, muitas das vezes são politicamente incorretas o que já me garante uma cabeça não bitolada, alienada, não controlada, medíocre, completamente louca e feliz.
Inconformismo, revolta, desconforto e vontade de mudar me movem e não dar chute em latão de lixo, nem pedrada em lojas com tvs de led na vitrine para que eu tenha uma.
Dito isto ai está o texto, espero que curtam ler e os que já leram da outra vez releiam, tá valendo.



"Lembrai, lembrai do cinco de novembro
A pólvora, a traição, o ardil
Por isso não vejo como esquecer
Uma traição de pólvora tão vil"
V de Vingança


Homenagem a um grande homem, que morreu por seu ideal, e que hoje em dia é símbolo de luta, mas de uma luta limpa, onde ao invés de destruir, nos ensinou a construir, pois um mundo melhor se faz com homens e mulheres e não moleques.
Lembremos do ideal de liberdade, onde um povo não deve se calar ante a repugnante forma de governo, ante a repugnante forma de querer nos instalar numa situação medíocre, aceitando tudo que eles (o governo) quer nos dar.
Briguemos sim por nossos ideais, pois só nós sabemos do que estamos precisando, não é um Prefeito, ou um Governador ou até mesmo a Presidente, que vai fazer o que mais lhe aprouver e que aceitemos de cabeça baixa.
Sem primitivismos vamos longe, sem bagunça conseguimos com que nossas vozes sejam ouvidas, sem a baderna que vi em alguns manifestos, conseguimos nos impor perante um governo falho e doente.
Lembrai sim, do símbolo que cresceu chamado “V”, que teve sua origem lá atrás na história, em Guy Fawkes, nos idos de (1570-1606), Fawkes foi um soldado inglês acostumado a receber honrarias por conta de sua inteligência e sua habilidade com explosivos. 

Ele sendo católico, tinha um rei anglicano e por isso era alvo fácil de perseguições. Como o Rei Jaime I defendia o anglicanismo, então por sua vez negava direitos àqueles que seguissem o Papa, e assim deu-se a revolta e a idéia de derrubar o monarca destruindo o parlamento com ele dentro.



Preocupados se atingiriam inocentes, eles espalharam a notícia entre os católicos para que se mantivessem longe do conjunto de assembléias em 5 de novembro de 1605. 

O recado se espalhou de tal forma, que o Rei ficou sabendo, decretando logo em seguida a prisão do Fawkes, que fora preso nos subterrâneos do local onde seria a explosão. 

Onde tudo culminaria com 36 barris de pólvora...
E assim deu-se o fracasso da “Conspiração da Pólvora”.
Fawkes foi colocado na frente do Rei, e não negou nada do que iria fazer, falando tudo, inclusive o motivo daquilo. 

O resultado de sua sinceridade foi a tortura seguida de morte, ele teve suas entranhas expostas no mesmo local onde iria explodir. 

O dia 5 de novembro se tornou feriado em comemoração à data em que o rei – e muita gente – escapou da morte.
No caso tiremos a lição de um homem de coragem, um homem que não teve medo de ousar, eis que em sua época talvez só tivesse esse jeito, já que as leis eram mais severas, onde o povo não tinha voz, onde não se podia brigar por nada, uma monarquia levada com mão de ferro.
Mas hoje em dia não, peguemos os ensinamentos de Guy Fawkes, seu ideal de liberdade, sua força e sigamos nosso caminho com voz altiva, mas com respeito para com o inimigo, nunca baixando a guarda, mas também sem chegar a extremos, pois um povo revoltado onde este sai massacrando tudo pelo caminho, é um povo que perde a razão e o foco de sua luta, fazendo com que no fim não se saiba mais pelo que busca, não sabe mais para que e pelo que está ali, só vai denegrindo a verdadeira força e motivos que o levam a chegar até aquele momento e lutar pelo que luta.
Um povo que pensa, que age conforme as circunstâncias sem se aproveitar delas, um povo que sabe realmente o que quer e corre atrás disso, é um povo sensato, alguém que até os inimigos sentam para ouvir, pois se tem o mesmo respeito de volta.
Usemos sim, o ideal da aliança, usemos a democracia para debater e chegar a um acordo, mostrar o que realmente se precisa em relação àquilo que é totalmente sem valor. 

Falar das nossas causas, sim, brigamos por várias delas, Educação, Saúde, Segurança, Transportes... Mas falemos, com um debate saudável e justo, pois com gritaria e algazarra não se consegue nada.
Precisamos evoluir como pessoas, precisamos que muitos tenham o discernimento de saber o que realmente representam. As máscaras que tanto são usadas nos manifestos não podem ser associadas a um tempo passado, pois não queiramos enquadrar nosso tempo ao século XVI, sejamos inteligentes, sabendo que a máscara é sim um símbolo, um ideal de paz entre povo e governo, e os motivos por trás dela, tem que ser realmente louváveis senão não terão nenhum sentido.
Então, neste 05 de novembro, lembremos do homem, Guy Fawkes, do símbolo criado, sua imagem retratada em várias pessoas, o que quer dizer que, um povo que luta em união e permanece unido chega unido ao topo, consegue pôr em prática suas decisões, com glórias e serão sempre lembrados na história assim como ele, à sua maneira, o foi.
Saiamos às ruas com máscaras... mas sabendo que elas não são em hipótese nenhuma símbolo de marginalidade, nunca o foram.
Lembremo-nos da figura que hoje em dia nos veste para a batalha, lembremos do 05 de novembro como um dia de luta, um dia em que um homem corajoso mesmo caindo não perdeu sua compostura, um homem em quem se espelhar...
Peguemos sua força na nossa luta, sua coragem para seguir nossos ideais, sua garra para continuar e conseguir nosso intento, sejamos cada um Guy Fawkes, mas sem deixar de sermos nós mesmos...
Sejamos Guy Fawkes na luta, sejamos “V” mas de uma vingança onde mostramos para os nossos governantes que eles estão em frente a homens e mulheres de atitude, que sabem o que querem e insistem nisso até serem ouvidos, mas não só ouvidos, atendidos, até vermos realmente tudo ser construído e renovado, até vermos que enfim o Brasil será um país que tem um futuro.

Se cuidem e até a próxima.

Marcelo Ferla

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