Brasileiro sai às pressas
de Israel após fotografar palestina sendo morta.
Observador
de direitos humanos, Marcel Leme estava na Cisjordânia quando presenciou a cena
e a registrou em imagens que viralizaram.
Com medo de represálias
após fotografar um soldado israelense apontando sua arma para a estudante
palestina Hadeel al-Hashlamon, 18 anos, o brasileiro Marcel Leme, 30 anos,
deixou Israel às pressas e viajou para São Paulo na última sexta-feira, dia 25.
A mulher fotografada por Leme foi morta em Hebron, na Cisjordânia, e a imagem
foi difundida pela ONG palestina Youth Against Settlements (Juventude contra os
Assentamentos).
As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Por questões de segurança,
o nome de Marcel Leme não aparecia na imagem, que acabou viralizando, nem nas
demais fotos exibidas pela ONG na internet.
De acordo com a reportagem da
Folha, havia risco de ações de colonos israelenses contra o autor da
fotografia.
Leme estava na Cisjordânia como observador de direitos humanos para
uma organização cujo nome ele não divulgou.
Ao voltar para o Brasil,
Leme falou que seu objetivo era contestar a versão israelense da morte da
palestina.
O exército de Israel afirmou que Hadeel al-Hashlamon tinha uma faca
e ameaçava o soldado, mas o observador de direitos humanos ressaltou que ela
estava desarmada.
A ONG palestina argumenta que a jovem se recusou a ser
revistada pelos soldados, todos homens, e que por não falar hebraico teve
dificuldades em se comunicar.
Leme sustenta que a mulher
se aproximou de um posto de controle militar em Hebron, cidade onde centenas de
colonos israelenses vivem entre cerca de 170 mil palestinos, e tentou abrir sua
bolsa. Assustado, um soldado teria disparado e, na sequência, outro oficial
israelense teria dado outro tiro. O brasileiro permaneceu no local,
fotografando, até que foi abordado por um soldado.
Veja a polêmica sequência
de fotos:
post: Marcelo Ferla
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