Louis Braille (jovem cego francês) foi o responsável por essa grande conquista há quase 200 anos.
Ao desenvolver o Sistema Braille, a escrita e leitura por pontos em relevo, ele facilitou o acesso à informação, à cultura e ao entretenimento às pessoas que não enxergam.
Há quem diga que nos últimos 60 anos “não há no Brasil uma só pessoa cega alfabetizada que não tenha tido em suas mãos pelo menos um livro em Braille produzido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos”.
Sempre muito ativa, já foi telefonista, coordenadora de voluntariado e revisora.
Mas é de livros que ela gosta! Hoje, Regina coordena uma equipe de revisores de textos em braille na Fundação Dorina e, como Membro do Conselho Iberoamericano e do Conselho Mundial do Braille, tem enorme paixão por esse sistema natural de leitura.
Ela afirma que este foi o meio que permitiu e continua permitindo que ela tenha acesso à cultura e a informações diversas.
"Já as pessoas cegas, leem apenas os textos em braille que lhes chegam às mãos".
"Devemos também considerar que, para aqueles que gostam de ler, nada substitui o prazer de ter um livro entre as mãos, sentindo-lhe o cheiro, virando-lhe as páginas em busca de novas revelações ou voltando-as para reviver as sensações agradáveis do que já foi descoberto", afirma ela.
A profissional faz parte da cadeia produtiva de mais de 580 novos títulos que foram transcritos em 2014 e distribuídos para mais de 2500 instituições em todo o Brasil, além de produtos como cardápios, calendários, catálogos e contas telefônicas.
Além disso, a profissional também está coordena o Curso de Capacitação de Revisores de Textos em Braille, que fará com que 10 pessoas cegas tenham mais conhecimento sobre a revisão de livros que transformam a vida de milhares de pessoas pelo país inteiro.
Baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, o Sistema Braille permite a formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, os números, a simbologia científica, musicográfica, fonética e informática.
Esse sistema adapta-se perfeitamente à leitura tátil, pois os seis pontos em relevo podem ser percebidos pela parte mais sensível do dedo com apenas um toque.
A leitura do Braille é feita da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos.
Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler Braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.
O Sistema Braille chegou ao Brasil em 1850, pelas mãos do jovem cego José Álvares de Azevedo, mas foi a partir da década de 1940, com a criação da Fundação para o Livro do Cego No Brasil – a atual Fundação Dorina Nowill para Cegos – que a produção de livros nesse formato ganhou força.
Destes, 530 mil são cegos e 6 milhões têm baixa visão ou visão subnormal.
A instituição é referência na produção de livros e revistas acessíveis nos formatos braille, falado e Daisy, distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para mais de 2500 mil escolas, bibliotecas e organizações em todo o Brasil.
www.fundacaodorina.org.br / 11 5087-0991.
“... E tudo começou assim”, do Centro de Memória Fundação Dorina, na seção “O caminho das Luzes”.
A frase é do francês e diz “Se os olhos não me deixam obter informações sobre os homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma”.
“Sem livros o cego não pode aprender”.
post: Marcelo Ferla
Crédito: Mariana Lopes
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