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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Opinião do Blogueiro.



Sem povo, sem Estado de primeiro mundo.
Venho acompanhando de perto os efeitos das nossas eleições para a presidência de nosso país, o que ocorreu e os efeitos do que ocorreu.
Ao sair hoje para ir dar uma volta em um sol que já prenuncia um verão que será de cozinhar ovos e bacon em cima do capô dos carros, lá fui eu, abrindo a grade de minha casa e respirando fundo para a aventura no Dakar etapa Brasil.
Logo depois de fechar o portão do complexo carcerário que vivo sem nenhum crime ter cometido (sou mais um refém da violência urbana), me deparei com duas garrafas de Velho Barreiro, vazias claro, simetricamente soltas no chão no meio da calçada.
Prontamente como minha avó Teresa me ensinou, as juntei e as coloquei no lixo.
Continuei minha aventura pelas ruas de minha cidade nesta manhã quente, ainda veria muitas coisas que, posteriormente, me fizeram refletir e chegar a uma triste conclusão.
Subindo a passarela de acesso ao centro de Canoas, via Rua Tiradentes, me deparei com um motoqueiro e sua namorada atravessando uma passarela de pedestres com uma moto, ato que é costumeiro por parte dos ciclistas, mas motoqueiros e suas motos? 

Quanto aos ciclistas até sou mais tolerante, radicalismo demais também não resolve, mas uma motocicleta em uma passarela de pedestres simplesmente por falta de combustível e por ser aquele modo a forma mais rápida de se chegar a posto de gasolina, burlando a lei, eis que é proibida a circulação deste meio de locomoção em passarelas de pedestres, é algo educado?
Ai já é demais, mesmo que o motivo seja dos mais drásticos, como a falta de condições financeiras para abastecer a motocicleta para dar continuidade a seu percurso. Confesso que pouco me importa o real motivo, o que me importa é que está errado e que maliciosamente o motoqueiro tomou um atalho, brasileiros amam atalhos que facilitam tudo.
Antes de atravessar da calçada da Rua Tiradentes para o calçadão de Canoas, mais um exemplo de que as coisas não funcionam. Em plena faixa de segurança, em uma parte afunilada arquitetonicamente para que os carros parem para os pedestres circularem, nem uma coisa, nem outra, os carros passavam normalmente e os pedestres esperavam normalmente ou atravessavam rapidamente, nada de diferente, nada de impor o direito como pedestre, sob pena de ser atropelado, mas aguardei e assim sobrevivi à travessia.
Cheguei à farmácia, até então espantado com o muito que já tinha visto em um percurso tão curto.
Fui ao balcão na filial da Pavel do Calçadão, ao lado da Loja Renê Calçados, aonde sempre vou, e encontrei uma farmácia me caos. Era um verdadeiro formigueiro, atendentes corriam, remédios faltavam, consumidores insatisfeitos.
Peguei minhas insulinas e me dirigi ao caixa da Farmácia Popular. A minha frente uma senhora idosa, imagino, péssimo de chutes que sou que deveria ter ela seus 80 e poucos anos ou mais, na sua cesta uma quantidade enorme de medicamentos, triste realidade de nossos idosos que muitas das vezes trazem ao longo de suas vidas problemas causados por falta de condições e acesso a saúde pública, a exames necessários a ser feitos, a tratamentos e intervenções cirúrgicas indisponíveis, a planos de saúde que só querem dinheiro e não funcionam e, com tudo isto acumulado, ao fim de suas vidas, nossos idosos são o retrato de um sistema de saúde falho que os leva a uma séria de doenças e a necessidade de muitos medicamentos.
Ao colocar o cartão para ter seus devidos direitos reconhecidos e aplicados, a senhora digitou sua senha e errou. Já sem muita paciência, a atendente pediu que apertasse no botão amarelo da maquinha e repetisse a senha. A este ponto eu já me encontrava em mutação civilista, como o Goku do desenho Dragon Ball, prestes a mandar a caixa para um lugar desagradável. Mas não foi só.
A atendente informou que alguns dos medicamentos que foram fornecidos pelo balconista a senhora não poderiam ser retirados naquela filial, eis que esta havia os retirado em outra farmácia que presta atendimento aos que tem direito a este serviço gratuito. 

A senhora com toda educação, cansaço e paciência que a idade e o sofrimento lhe trouxe disse que realmente da última vez tirara alguns dos medicamentos em uma Farmácia Popular mais próxima de sua casa. Resumo, os remédios não foram fornecidos e a pobre senhora levou só parte dos que tinha recebido no balcão.
Me transformei em um Super Sayajin e disse em tom descontente e revoltado: “minha amiga uma farmácia que presta estes serviços é obrigada por lei a fornecer os medicamentos aos que os necessitam, independentemente de onde eles foram anteriormente retirados. Quem inventou essa baboseira aqui dentro?”
Friamente ela me respondeu com o tom de quem não se preocupa com os seus: “Senhor este é um procedimento de controle de nossa farmácia.”, no que retruquei: "Vocês que se dizem uma farmácia impecável tem a cara de pau de mandar uma senhora desta idade para casa sem seus medicamentos, podendo ela ter algo no decorrer de sua volta por não ter tomado seus medicamentos, o que me dirá disse isso ocorrer?”. 

A senhora interveio: “meu filho, nosso país é assim mesmo com nós pobres, não há de ser agora que irá mudar, não insista.”. Me senti um lixo e fui tomado por uma bola na garganta e um sentimento terrível de impotência.
Agora me responda qual a diferença entre uma farmácia e outra na medida em que todas, sem exceção prestam um serviço obrigatório por lei sem o direito que estes estabelecimentos possam rejeitá-los, salvo na falta do medicamento a disposição? 

Nenhum.
Ou seja, nada mudou, ainda, e a perspectiva de que as coisas continuem do jeito que estão é maior ainda, visto que os que reelegeram a nossa presidente talvez estejam mais acomodados e satisfeitos, senão, robotizados, com um modelo de política que só sabe dizer que a miséria no Brasil diminuiu, enquanto que neste início de semana vi que ela aumentou segundos números do IPEA. 

Algo está errado.  
Sendo assim, não consigo acreditar que as coisas irão mudar e lhes digo por quê. 

Falta algo.
Por que, salvo não haja uma revolução e, por favor, não estou dando uma aqui de Lobão, que diz para, depois, escrever um manifesto dizendo que não disse nada, ironicamente plagiando Caetano, ser que ele odeia ou não.
Digo revolução no sentido de termos educação e preparo neste país, nós povo, para podermos cobrar, por exemplo, a tão esperada e necessária reforma política no Brasil que coloca todas as suas fichas no número 45 de Aécio e do PSDB que tenta como o povo que vive no centro da terra surgir, através de um novo líder dos homens larva do vulcão da Caveira da Morte na Ilha da Perdição.
A mudança, como todos escreveram antes e pós-eleição é realmente necessária, mas não basta, o povo está em uma crise de stress laboral, moral e intelectual e, só o que realmente espero é que a oposição não seja os Bananas de Pijamas como vem sendo nos últimos 12 anos, nem tão pouco essa posição faça com que nós, povo, tenhamos que ir às ruas e aconteçam com isto, coisas piores do que já aconteceu uma vez em que saímos como idiotas e bobos para nos manifestarmos por nada.
A solução final é que um Estado (Brasil) não se faz somente de políticos escolhidos pelo povo em eleições. 

Faz-se sim por um povo com boa educação, um povo instruído.
É necessário que o povo faça, exija e fiscalize por si, por conta, não por exibicionismo e ibope.
Não posso, enquanto povo cobrar limpeza pública deixando lixo na rua, nem ciclovias e acesso a pedestres deixando um motoqueiro passar com sua moto na passarela de pedestres, nem exigir bom atendimento sendo mal educado com as pessoas e nem tão pouco que o motorista pare antes da faixa atravessando por baixo das passarelas no meio de uma rodovia federal arriscado minha vida. 

Precisamos dar o exemplo para podermos cobrar, devemos nos educar, ser educados e bem informados.
Caso não seja assim, a minha presa será igual ou pior do que os exemplos que dei e confesso, presa, ultimamente, vem sendo sinônimo de resultado a qualquer custo, cobrança, stress, insanidade, descontrole, ambição e ter, sempre ter e ter, mas o que mais precisamos não temos, educação, civilidade e coragem de abrir a boca pelo motivo errado que for.
Por fim antes de chegar a minha casa na volta de meu passeio pelo trem fantasma, quase fui atropelado por um senhor que dirigia um imponente Chrysler que deve ter adquirido com muito trabalho ou de forma ilegal, ambos motivos, que por si só, tiram o seu sono e o fazem quase atropelar pessoas na rua ao acordar, independente de qual for o verdadeiro.
É preciso mudar, não por mim, mas por quem está por vir. Nossas novas gerações devem ser educadas de forma descente pelas instituições de ensino éter bons exemplos de nós, atuais ou futuros pais, tios (as), padrinhos, madrinhas, irmãos e irmãs, caso contrário nada mudará. Educação, escolas de qualidade e pessoas civilizadas, precisamos de vocês urgentemente para salvar este país.     
Marcelo Ferla 
        

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